Por Isabela Fraga
Nos primeiros seis meses de 2012, 72 jornalistas foram mortos no mundo – número 33% acima dos assassinatos de repórteres registrados em 2011, segundo um relatório publicado na segunda-feira, 2 de julho, pela Press Emblem Campaign (PEC), organização suíça que monitora liberdade de imprensa, noticiado pelo jornal Estado de S. Paulo. A maior parte das mortes ocorreu na América Latina, onde 23 jornalistas foram mortos de janeiro a junho.
O México ocupa a 2ª posição entre os países onde mais jornalistas foram assassinados nesse período, com 8 mortos. Já no Brasil, 5º lugar no ranking, seis jornalistas foram mortos. Em Honduras, houve quatro mortes. Na Bolívia, dois jornalistas foram assassinados. Há também o registro de um jornalista assassinado na Colômbia, no Panamá e no Haiti.
A morte do jornalista mexicano Victor Baez, em 14 de junho, foi o caso mais recente. Suspeita-se que o crime tenha sido vítima do crime organizado de Veracruz. No sábado, 30 de junho, a polícia prendeu 9 suspeitos do assassinato.
O relatório da PEC abrange registros de assassinatos de jornalistas em 21 países. A Síria ficou em primeiro lugar no ranking, com 20 jornalistas mortos em 2012. Também foram registrados seis mortes na Somália e no Paquistão, quatro nas Filipinas, três na Nigéria, e uma no Afeganistão, em Bahrein, Bangladesh, Indonésia, Iraque, Nepal, Uganda e na Tailândia.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.