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Jornalista de TV em Honduras acusa candidato presidencial de promover campanha de ódio contra sua pessoa

Um jornalista de televisão em Honduras afirma temer por sua vida e acusa o deputado e aspirante à presidência Juan Orlando Hernández de promover uma campanha de ódio contra ele, segundo o Comitê pela Livre Expressão (C-Libre, em espanhol).

Recentemente, o deputado declarou que o jornalista Renato de Jesús Álvarez era simpatizante do aspirante à presidência Mauricio Villeda e o acusou de ter relações com a ultradireita do país, segundo o C-Libre. O presidente do Congresso Nacional e possível candidato à presidência Juan Orlando Hernández é o impulsor de uma reforma para eliminar os benefícios fiscais recebidos pelos meios de comunicação em Honduras e atacou verbalmente aos comunicadores que se posicionam contra essa medida, entre eles Álvarez.

O jornalista disse temer que os simpatizantes de Hernández atentem contra sua integridade física após os comentários feitos pelo funcionário. Esses comentários colocaram Álvarez em risco porque "se alguém com poder diz tal coisa, (isso) geralmente gera ressentimento em alguns de seus simpatizantes, que já o veem como adversário e inimido, e comportam-se de forma violenta por qualquer coisa", disse o jornalista.

O jornalista, que coordena o noticiário TN5 e o programa de debates Frente a Frente, disse ter recebido  alertas sobre um possível atentado, informou o jornal Proceso. Por isso, o chefe da polícia nacional, Juan Carlos Bonilla, ofereceu proteção para o jornalista, segundo o El Heraldo.

No começo de janeiro, Álvarez também  denunciou a criação de contas falsas no Twitter e no Facebook que levam seu nome e que são utilizadas para extorquir os amigos do jornalista e para denegrir sua imagem pública, informou o Proceso.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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