Por Isabela Fraga
Ao começar 2013 de forma trágica com o primeiro assassinato de jornalista do ano, o Brasil recebeu em janeiro o lançamento da campanha Vlado Proteção aos Jornalistas, lançada pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH).
Criado em 2009 com o objetivo de contribuir para a produção de informação sobre o direito à justiça e à vida, o IVH iniciou sua campanha pela segurança dos profissionais da imprensa publicando pela primeira vez uma tradução em português do Plano de Ação da ONU para a Segurança dos Jornalistas e a Questão da Impunidade, adotado em abril de 2012. Embora tenha manifestado objeções e tentado bloquear o plano, o Brasil apoiou a iniciativa.
Com a campanha, o IVH afirma que seu objetivo é "ajudar a sociedade a evitar que outros jornalistas tenham o destino trágico de Vladimir Herzog, ilegalmente detido, torturado e assassinado em 1975 por agentes do governo ditatorial que dominou o Brasil durante 21 anos". O caso de Herzog tornou-se um emblema no movimento pela restauração da democracia no país. O governo militar alegou que o jornalista havia se enforcado e divulgou a foto que se tornou famosa do jornalista morto, de joelhos, com uma corda no pescoço.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.