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Detido suspeito de assassinar o jornalista e empresário de comunicação mexicano Moisés Dagdug

Foi detido na Cidade do México o suspeito de assassinar o empresário de comunicação e ex-deputado federal Moisés Dagdug Lutzow, que morreu apunhalado em sua casa em Villahermosa, estado de Tabasco, em 20 de fevereiro de 2016, informou o site Animal Político em 30 de abril.

“Segundo as investigações da Polícia Federal, juntamente com promotoria do estado de Tabasco, Rolando Manubes de la Cruz, de 25 anos, está supostamente vinculado aos ocorridos de 20 de fevereiro deste ano contra o ex-deputado federal”, de acordo com um comunicado da Polícia Federal citado pelo Animal Político.

Não foram divulgados detalhes sobre as possíveis causas do crime.

O suposto assassino estava escondido perto da Delegación Benito Juárez, região da Cidade do México. Manubes de la Cruz foi colocado à disposição do Ministério Público, segundo o site Sin Embargo.

Dagdug, de 65 anos, era diretor e proprietário da empresa de comunicação Grupo VX e da rádio XEVX-AM La Grande de Tabasco desde 1980. Também fundou a televisão TVX, onde conduzia o programa “De Frente a Tabasco”. Ele também foi deputado federal pelo Partido de la Revolución Democrática (PRD) de 2006 a 2009.

Antes de sua morte, Dagdug e o diretor de notícias do Grupo XV, Ángel Antonio Jiménez, denunciaram ter recebido ameaças por ter uma linha editorial crítica ao governo estatal de Tabasco, publicou o Aristegui Noticias.

Segundo uma nota do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), Jiménez declarou que logo após as ameaças e depois de dois assaltos anteriores a sua casa, Dagdug, pouco antes da sua morte, havia renovado seu sistema de segurança.

Segundo o jornal Excelsior, a promotoria de Tabasco informou em um comunicado que horas depois do assasinato encontrou a caminhonete Ford Pick Up branca roubada de Dagdug. Dentro do veículo, informou a promotoria, foram encontradas uma faca de cozinha com gotas de sangue, óculos, garrafas de licor, entre outros objetos.

México ocupa o oitavo lugar no Índice de Impunidade do CPJ de 2015, que relaciona os países em que os responsáveis pelos crimes contra jornalistas ficam livres. Desde 1992, quando o CPJ começou a documentar estes casos, ao menos 36 jornalistas mexicanos foram assassinados por causa da profissão.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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