Reiterando informações de outras organizações sobre os riscos enfrentados pela imprensa latino-americana, a Anistia Internacional divulgou um novo relatório no qual lista a América Latina como a segunda região mais perigosa do mundo para jornalistas, informou a CNN. A Ásia é a área mais arriscada.
Aproximadamente 400 jornalistas foram ameaçados ou atacados em 2010 nas Américas e pelo menos 13 foram assassinados, diz o relatório. Por causa da violência ligada ao narcotráfico e ao crime organizado, o México é o país mais perigoso da região. Pelo menos 11 profissionais foram mortos desde 2010, acrescentou a CNN. Apenas na Ásia foram registrados mais assassinatos de repórteres em 2010.
O relatório sobre liberdade de expressão nas Américas faz parte do estudo “A situação dos direitos humanos no mundo 2011” da Anistia Internacional.
O fechamento de emissoras de TV na Venezuela e na República Dominicana foi criticado no documento, assim como as ofensivas contra a liberdade de imprensa no Equador e na Argentina. O relatório também condenou a crescente impunidade em toda a região.
“As Américas deveriam ser uma lição do que poderá acontecer no futuro no Oriente Médio e no Norte da África”, disse Javier Zúñiga, conselheiro especial de direitos humanos da Anistia Internacional, citado pela CNN. Segundo Zúñiga, apesar do colapso dos governos militares na América Latina, “a cultura de impunidade e repressão se mantém”.
O relatório Liberdade de Imprensa 2011: Um levantamento global da independência da mídia, da Freedom House, recentemente colocou México e Honduras na lista de países onde a imprensa não é considerada livre ou independente.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.