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Apesar das ameaças recebidas, premiado jornalista colombiano Hollman Morris decide voltar para seu país

premiado jornalista colombiano Hollman Morris, ex-bolsista Nieman na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, decidiu voltar para seu país, “apesar de ter recebido uma série de ameaças”, disse ele em entrevista para o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.

Morris irá assumir o posto de diretor do Canal Capital, a convite do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, informou a agência de notícias EFE.

Morris disse que a notícia de seu retorno “incomodou os setores mais intolerantes da sociedade colombiana. Recentemente, o Canal Capital teria inclusive sofrido uma sabotagem/a>, negada pela emissora, segundo o El Espectador. Mas Morris e o prefeito de Bogotá interpretam o incidente "como uma ameaça por minha ida para a direção do Canal Capital", disse ele Morris.

De qualquer foram, Morris explicou que planeja voltar para a Colômbia no fim de fevereiro ou no início de março. “O prefeito pediu, publicamente, proteção para mim”, disse Morris. Apesar das ameaças e campanhas de desprestígio, “tomamos a decisão de seguir adiante com o projeto", acrescentou.

Sua única condição para aceitar o cargo foi contar com as mínimas condições de segurança, explicou o jornal El Tiempo.

Segundo a agência EFE, Morris, que recebeu vários prêmios e é reconhecido pela militância a favor dos direitos humanos, também já foi vítima de grampos feitos pelo Departamento Administrativo de Segurança (DAS), durante o governo do ex-presidente Uribe.

Morris disse que voltará para a Colômbia como diretor do Canal Capital porque esse “é um desafio em minha carreira”. Ele também explicou que sonhava com uma TV “a serviço da população (...), que tenha audiência, mas possa provar que, na América Latina, a TV não é apenas para a distração, mas um instrumento para o desenvolvimento.

Colômbia é um dos países da América Latina com menos liberdade de imprensa, de acordo com a Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa 2011-2012, divulgada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em janeiro. Sobre o assunto, Morris disse que “não apenas os assassinatos e ameaças contra jornalistas diminuem a liberdade de expressão. Na Colômbia também falta uma diversidade de meios de comunicação”.

Morris acrescentou que, como diretor do Canal Capital, vai “ampliar os horizontes da democracia em Bogotá e no país. Vamos avançar".

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