Assédio moral, censura, clima de medo por perseguição no trabalho, desvalorização e falta de diálogo. Dezesseis jornalistas da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) entregaram declarações por escrito descrevendo sit. uações humilhantes e constrangedoras no dia a dia da empresa a partir da chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
Desde sua criação, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) tem permanecido fiel a seus princípios fundadores: formação profissional, defesa da liberdade de expressão e do direito de acesso à informação pública. A Abraji não se tornou apenas uma organização de jornalistas com uma voz importante no cenário da mídia brasileira, mas também uma referência para associações em outros países.
Para que mulheres e pessoas LGBTQ+ tenham mais presença na agenda editorial e em posições de poder nos meios de comunicação, jornalistas precisam ter 'conversas desconfortáveis' com colegas, gestores e consigo mesmos, disseram Geo González (México), Carolina Vila-Nova (Brasil), Daniel Villatoro (Guatemala) e Esteban Hernández (Colômbia).
No Brasil, onde 43,2% da população se identifica como branca e 55,7% como negra, as redações são compostas por 77% de funcionários brancos. Pesquisa constatou os efeitos da falta de diversidade na produção de notícias e nos próprios jornalistas.
O Sindicato de Jornalistas do Paraguai e coletivos de imprensa defendem os direitos das jornalistas e trabalhadoras de meios de comunicação no país de denunciar o assédio na redação e de não ser demitidas como resultado, como aconteceu recentemente.
Três meses após sua chegada à presidência, o controverso e belicoso Rodrigo Chaves tem alardeado aos costarriquenhos sua hostilidade em relação à imprensa. A esse respeito, mesmo o líder da "Suíça da América Central" não é uma exceção à regra centro-americana. Ao mesmo tempo, é irônico que a Costa Rica continue sendo um paraíso para os jornalistas exilados da Nicarágua de Daniel Ortega.
Na análise da FLIP, o governo de Iván Duque, que termina em 7 de agosto, manteve uma estratégia binária de amigo-inimigo com a imprensa. Com aqueles considerados críticos, prevaleceram a desconfiança e o sigilo. Ele usou recursos humanos e econômicos para priorizar a comunicação institucional e impor sua narrativa. Ao fazer isso, contribuiu para a atmosfera de polarização e construiu um muro que afetou o acesso à informação.
Por Sara Mendiola* Esta é a quarta reportagem de uma série sobre investigação e julgamento de casos de violência contra jornalistas na América Latina.** Em 23 de março de 2017, a jornalista Miroslava Breach Velducea foi assassinada quando saía de casa na cidade de Chihuahua, no norte do México. Breach foi repórter do jornal […]
O assédio online a jornalistas no Brasil se intensificou nos últimos anos devido ao potencial de exposição criado pelas redes sociais e à institucionalização desses ataques. As investidas do presidente Jair Bolsonaro contra jornalistas naturalizaram esse tipo de violência nas plataformas, e quem deveria dar respaldo a profissionais peca pela falta de responsabilização, revela estudo sobre violência contra jornalistas nas redes sociais.
Dados mostram que, nos últimos três anos, a resposta mais comum do Ministério Público da Guatemala a casos de ataques contra jornalistas foi a rejeição. Apenas 1% dos casos resultam em uma condenação. Durante a administração da procuradora-geral Consuelo Porras, o orçamento para a investigação de crimes contra jornalistas foi reduzido em 77%.