A imprensa da Guatemala sofreu 33 ataques em 2011, um ano eleitoral, um aumento em comparação com o ano anterior, quando foram registradas 19 denúncias de ataque contra jornalistas, segundo relatório publicado no dia 15 de março pelo Observatório dos Jornalistas da Agência Cerigua.
Entre os 33 casos de violação da liberdade de expressão na Guatemala, o documento inclui o assassinato, ainda não esclarecido esclarecido, de um jornalista, assim como 13 ameaças de morte, sete agressões físicas e verbais, uma detenção arbitraria, duas tentativas de intimidação e oito restrições ao acesso à informação, explicou a EFE.
O relatório destaca que a maioria das agressões contra jornalistas (incluindo os oito assassinatos registrados nos últimos quatro anos) foi cometida por autoridades e poucos são atribuídas ao crime organizado, apesar de a Guatemala ser considerada um dos países com mais problemas de violência.
Segundo o levantamento, foram 179 agressões contra a imprensa durante o governo de presidente Álvaro Colom, entre 2008 e 2012. Dessas, 31% são atribuídas a autoridades; 12%, a grupos armados e forças de segurança 27%, a partidos políticos e apenas 3%, ao crime organizado, acrescentou o Prensa Libre.
O documento também adverte para uma possível subnotificação e a possibilidade de autocensura como forma de proteção entre os jornalistas, especialmente em regiões mais afetadas pelo narcotráfico, segundo a Associated Press.