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Chefe de polícia é suspenso depois que jornalistas são atacados durante cobertura na Cidade do México

O fotojornalista Alejandro Mendoza, do jornal Reforma, e o repórter Isidro Corro, do Azteca News, disseram ter sido agredidos por agentes do Ministério da Segurança Pública (SSP) durante as primeiras horas da manhã do dia 8 de julho, enquanto cobriam uma operação policial em Colonia Doctores, na Cidade do México, segundo informou o El Universal.

Mendoza também alegou que, após a agressão, a polícia levou seu equipamento fotográfico e o celular de sua filha, conforme publicou o Animal Político.

Em coletiva de imprensa, o diretor de assuntos internos da SSP na capital mexicana, Agustín González Guerrero, disse que Gerardo Cortés Torres, chefe de polícia do setor Astúrias, onde o incidente aconteceu, foi suspenso após o ataque.

Segundo o La Jornada, outros 30 agentes da SSP estão sendo investigados por crimes de abuso de autoridade e agressão contra os dois jornalistas.

De acordo com o Reforma, as sanções sobre os policiais que participaram da operação podem variar desde a suspensão temporária até a demissão permanente.

A Comissão de Direitos Humanos da Cidade do México condenou os ataques contra os jornalistas e informou que pediu medidas cautelares a partir da madrugada do último domingo, 8, quando o incidente aconteceu, segundo informou o El Universal. A entidade também informou que está em contato com os dois profissionais da imprensa.

O chefe de governo da Cidade do México, José Ramón Amieva, disse pelo Twitter que sua administração "não tolerará qualquer abuso de autoridade pelos elementos do SSP na Cidade do México".

Amieva disse que visitou o fotojornalista do Reforma no hospital para checar sua saúde e declarou que continuará acompanhando as vítimas e suas famílias durante o processo, informou o El Universal. "Os fatos não ficarão impunes", disse.

"Presume-se que a Cidade do México é uma cidade de vanguarda, onde os direitos dos defensores dos direitos humanos, os jornalistas, são respeitados", disse Mendoza ao El Universal, depois de ser atacado. "Existe um mecanismo de defesa para nós e espero que ele funcione", afirmou.

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