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Cidadão pede abertura de processo por difamação contra presidente do Equador, mas Congresso nega

Enquanto ainda se discute a condenação, por difamação, dos diretores e de um ex-editor do jornal El Universo a três anos de prisão, além do pagamento de uma indenização milionária ao presidente do Equador, Rafael Correa, um cidadão pretendia processar o mandatário por comentários, informou o Hoy.

Segundo Édgar Coral, o presidente o teria chamado de "traficante de terras" em seu programa semanal de 29 de janeiro. Por isso, queria dois anos de prisão e uma indenização de 10 milhões de dólares, explicou a RTU.

No entanto, o pedido de abertura de processo contra Correa foi arquivado em uma votação no Congresso, relatou o El Universo. Durante o debate, o parlamentar Paco Moncayo questionou: "Por que só o Chefe de Estado tem direito de difamar ou processar?”, de acordo com o El Comercio. “Apenas ele tem mãe, filhos e esposa, só a honra dele é ferida?”

Outro parlamentar, Andrés Páez, leu uma lista de 166 insultos pronunciados pelo presidente em seu programa semanal, acrescentou a Entorno Inteligente. De "desequilibrado" e "idiota" a "conselheiros sexuais sendo virgens", passando por expressões impublicáveis.

Durante três dias consecutivos, o governo divulgou, em rede nacional, no rádio e na TV, uma explicação sobre o processo contra o El Universal, segundo a FUNDAMEDIOS. "O Presidente simplesmente defendeu sua honra ao ser acusado, sem provas, de assassinato e genocídio".

De acordo com uma pesquisa feita em 10 cidades do país, 68% dos entrevistados condenam a condenação à prisão dos diretores e do ex-editor do El Universo e 73% consideram exagerada a indenização de 40 milhões de dólares.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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