Por Liliana Honorato
O Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia confirmou ser o responsável pelo sequestro da jornalista Elida Parra Alfonso, que está desaparecida desde o dia 24 de julho, junto com uma engenheira, no estado de Arauca, informou a Repórteres Sem Fronteiras. O grupo guerrilheiro enviou um comunicado para a casa de Parra Alfonso, confirmando o paradeiro da profissional.
Segundo a EFE, a jornalista e a engenheira desempenham tarefas comunitárias junto a empresas ligadas a um oleoduto ao qual o ENL se opõe.
Parra Alfonso é a segunda jornalista sequestrada por guerrilhas na Colômbia em 2012. Em abril, as Forças Armadas Revolucionárias da Colombia (FARC) sequestraram o jornalista francês Roméo Langlois e o mantiveram em cativeiro por mais de um mês.
As ameaças de grupos armados ilegais são um dos problemas mais preocupantes enfrentados pelos jornalistas da Colômbia. No início de julho, o ELN divulgou panfletos contra a prática dos jornalismo nas emissoras Caracol e RCN.
Os grupos paramilitares da Colômbia também são um problema para os repórteres locais. A mais recente ameaça do tipo foi denunciada no dia 26 de julho pela Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP). A FLIP informou que os jornalistas William Solano e Arlex Velazco de Buga, de Valle del Cauca, receberam ameaças do grupo Los Urabeños, supuestamente por divulgar denúncias feitas por pessoas da comunidade.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.