Uma jornalista paraguaia foi ameaçada pelo grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) por meio de uma carta manuscrita recebida em sua casa nesta terça-feira, 8 de maio, informou a rádio 970 AM. "Não ao jornalismo burguês, empanado por proteção de ministros corruptos por parentesco. A luta armada continua”, dizia a carta, segundo o diário Última Hora.
Claudia Cazal, locutora da rádio Aquidaban, de Concepción, ao norte de Assunção e sobrinha do ministro da Corte, Miguel Oscar Bajack, disse acreditar que a mensagem não era uma ameaça, e sim “um amedrontamento, porque meses atrás ela afirmou pela rádio que o EPP, provavelmente, tem razão ao querer uma sociedade igualitária, mas se equivoca em seu método de luta", informou a Associated Press (AP). Esta é a primeira vez que a jornalista recebe uma ameaça deste tipo, destacou o jornal ABC Color.
A só três quadras da residência de Cazal, a Força Operativa da Polícia Especial (FOPE) encontrou uma maleta suspeita na casa da promotora Dora Irrazabal, reportou ABC Color. A mala não continha explosivos, só papeis e um passaporte que pertencia a Miguel Alarcón, membro do Sindicato de Trabalhadores da Empresa de Serviços Sanitários do Paraguai (Essap), acrescentou ABC Color.