Por Ingrid Bachmann
O presidente Juan Manuel Santos revelou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) haviam ordenado a morte da jornalista Olga Cecilia Vega. Para o grupo guerrilheiro, ela teria se infiltrado nas FARC a serviço dos Estados Unidos, noticiaram a EFE e a rádio RCN.
De acordo com o jornal colombiano El Tiempo, , a informação estava nos computadores de “Mono Jojoy,” líder guerrilheiro morto no mês passado em um bombardeio.
Olga Cecilia Vega é irmã de Baruch Vega, um informante do departamento antidrogas dos EUA (Drug Enforcement Administration, DEA na sigla em inglês). Ela também teria mantido um relacionamento amoroso com Raúl Reyes, que era o número 2 na hierarquia das FARC ao ser morto em 2008, acrescentou o jornal espanhol El País. Um e-mail dizia que a jornalista não só trabalhava para o DEA, como também para o FBI - e que "todas as mensagens enviadas a ela por Raúl Reyes foram encaminhadas ao FBI em Bogotá".
Numa entrevista à rádio RCN, a repórter negou relacionamento com qualquer líder guerrilheiro e também que fosse informante dos americanos. Ela garantiu ter entrado nos acampamentos das FARC como jornalista e insistiu que trabalhou "honestamente".
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.