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Jornalismo investigativo perde espaço nos EUA e cresce na América Latina

jornalismo investigativo nos meios de comunicação tradicionais está em declínio nos Estados Unidos, e novas organizações sem fins lucrativos estão fazendo o que podem para preencher a lacuna, afirma um artigo da American Journalism Review (AJR).

Exemplo disso é o número de associados da organização Repórteres e Editores Investigativos (Investigative Reporters and Editors), que diminuiu de 5,3 mil em 2003 para cerca de 3,7 mil em 2009. Além disso, o número de inscrições para o Prêmio Pulitzer na categoria jornalismo investigativo caiu 40%.

Segundo o artigo da AJR, a queda nos lucros com publicidade e no número de redações resultou na diminuição da quantidade de recursos e repórteres dedicados à reportagem investigativa. O artigo destaca que “há uma luz no horizonte: o surgimento de organizações de notícias sem fins lucrativos dedicadas ao jornalismo investigativo”.

ProPublica e o Centro pela Integridade Pública, em Washington, o Centro de Reportagem Investigativa, em Berkeley, e várias organizações locais, como o Texas Watchdog, estão cobrindo as pautas mais importantes e de maior impacto.

Enquanto isso, no Canadá, "jornalistas estão se tornando os mais importantes vigilantes do interesse público", disse a AFP, com um jornalismo investigativo "extremamente combativo".

Na América Latina, a organização Transparência Internacional acaba de organizar, juntamente com o Instituto Prensa y Sociedad, a segunda Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo, em Buenos Aires, de 3 a 6 de setembro.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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