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Jornalista colombiana é ferida em ataque com explosivos perto de rádio comunitária

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  • 8 agosto, 2012

Por Liliana Honorato

Na noite de sexta-feira, 3 de agosto, uma jornalista colombiana ficou ferida após sofrer um ataque com explosivos perto da emissora comunitária onde trabalhava em Saravena, município de Arauca, na fronteira com a Venezuela, reportaram a agência de notícias EFE e o jornal El Tiempo. Segundo a rádio Caracol, supostamente os autores do crime são membros do Exército de Liberação Nacional (ELN), e o ataque foi dirigido a uma patrulha da polícia local.

A locutora Paola Osorio, que ficou ferida nos braços, trabalha na emissora comunitária Sarare Estéreo, a mesma rádio onde trabalhavam a jornalista e a engenheira que foram sequestrada no último dia 24 de julho por membros do ELN, informou a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP). O diretor da emissora disse que a rádio recebe ameaças com frequência, já que denuncia os ataques das guerrilhas e atua como a voz da comunidade, acrescentou a FLIP.

As rádios comunitárias são as mais afetadas por agressões contra a imprensa na Colômbia, notou o site lainformacion.com, em referência ao informe semestral de 2012 da Federação Colombiana de Jornalistas (FECOLPER), publicado em 4 de agosto. Segundo a FECOLPER, este ataque é o quinto incidente do ano “no qual uma rádio comunitária da Colômbia sofre danos em suas instalações por grupos armados”.

Na Colômbia, a maioria das ameaças a jornalistas comumente surgem por parte de guerrilhas. No começo de julho, as guerrilhas do ELN divulgaram panfletos contra o trabalho jornalístico das emissoras Caracol e RCN da região. As ameaças de grupos paramilitares também é um problema grave para os jornalistas comlombianos.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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