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México, declarado o país mais perigoso do mundo para os jornalistas, inicia 2012 com o assassinato de um repórter

No mesmo dia em que o México foi considerado o país mais perigoso do mundo para exercer o jornalismo, segundo um estudo do Instituto Internacional de Imprensa (IPI) publicado na sexta-feira, 6 de janeiro, um grupo armado assassinou o repórter Raúl Régulo Garza Quirino no estado de Nuevo León, norte do México, informou o site Proceso.

O primeiro jornalista assassinado no país em 2012 trabalhava para o semanário local La Última Palabra na cidade de Cadereyta, nos arredores da cidade de Monterrey. Ele também era empregado da Secretaria de Desenvolvimento local e voluntário da Cruz Verde.

Segundo testemunhas, o comunicador conduzia seu carro em alta velocidade para tentar escapar da perseguição de um grupo armado que atirava em sua direção, segundo o jornal Milenio.

cadáver do jornalista foi encontrado dentro de seu automóvel em frente a uma oficina mecânica de propriedade de seus familiares. Os peritos encontraram 15 balas no local do crime, noticiou Univision.

As autoridades afirmaram que o assassinato pode ter sido motivado por uma tentativa de assalto ou por uma troca de identidades na qual a vítima teria sido confundida com um integrante de uma gangue rival, de acordo com a agência Europa Press.

Cadereyta – localizada a 37 quilômetros da terceira maior cidade do México– possui uma das maiores refinarias de petróleo do norte do país e é um lugar de narcotráfico e contrabando de gasolina, atividades controladas pelo grupo criminoso Los Zetas, segundo o Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Desde 2007, 38 trabalhadores da empresa nacional Petróleos Mexicanos (PEMEX) estão desaparecidos na região, de acordo com o jornal Milenio.

"Esperamos que o número de jornalistas mexicanos assassinados em uma década não alcance o total de 100 em 2012, um ano eleitoral", publicou a organização RSF. "O país deve evitar este sinistro símbolo tomando as medidas necessárias para lutar contra a impunidade", observaram a organização francesa RSF e o Centro de Jornalismo e Ética Pública (CEPET).

Com 10 jornalistas assassinatos em 2011 (um a mais que o Iraque), México subiu para o primeiro lugar entre os países mais perigosos para a imprensa, segundo o IPI, enquanto a América Latina foi a região mais perigosa para o jornalismo. Veja aqui um mapa sobre os ataques contra jornalistas e veículos no México.

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