Segundo um levantamento divulgado no domingo 8 de maio de 2011, 92% dos jornalistas das três principais cidades bolivianas acreditam que a liberdade de expressão está ameaçada no país, informou a imprensa local.
Dos 200 profissionais consultados em La Paz, Cochabamba e Santa Cruz, 47% afirmaram que a liberdade de expressão está totalmente ou muito ameaçada, informou a Eju.tv. Já 45% pensam que liberdade de expressão está relativamente ou pouco ameaçada. Só 7% acham que a ameaça é baixa.
A pesquisa da Captura Consulting, feita para as Empresas Mora y Araujo, ouviu 97 jornalistas de veículos impressos e digitais, 55 de TV e 48 de rádio, entre 13 de março e 11 de abril de 2011. Os resultados foram simultaneamente divulgados pelos jornais El Deber, de Santa Cruz; Los Tiempos, de Cochabamba, e Página Siete, de La Paz.
Além disso, 34% dos profissionais acham que os conflitos entre a imprensa e o governo do presidente Evo Morales aumentaram Para 56%, essa tensa relação não mudará.
Diversos jornalistas enfrentam processos motivados por supostos desacatos a autoridades, acusações de difamação e excessos na aplicação da lei antirracismo. Outros foram agredidos, ameaçados e até assassinados.
De fato, 66% dos jornalistas afirmaram ser contra a regulamentação da Lei Contra o Racismo e Toda Forma de Discriminação, aprovada pelo governo em 2010 em meio a críticas de que violaria a liberdade de expressão e limitaria o trabalho jornalístico.
Apesar de seus conflitos com a imprensa, o presidente Morales disse que seu governo tem profundo respeito pelos jornalistas e que "a liberdade de expressão sempre estará vigente e será respeitada" durante seu mandato, reportou o Opinión.
Other Related Headlines:
» Centro Knight (Jornalistas bolivianos pedem seguro de vida após morte ainda não esclarecida de colega)
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.