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Paramilitares estão entre as principais ameaças à imprensa na Colômbia, diz organização

Os grupos paramilitares representam uma das principais ameaças à imprensa na Colômbia, onde foram registradas 84 agressões e perseguições a jornalistas nos primeiros sete meses do ano, que deixaram um total de 104 vítimas, segundo informe da Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP, na sigla em espanhol) publicado pelo jornal La Opinión.

De acordo com o informe, as principais violações ao exercício jornalístico no país sul-americano corresponderam a ameaças (57 casos), tratamentos desumanos ou degradantes de jornalistas (15 casos), obstruções ao trabalho jornalístico (7 casos), detenções ilegais (2 casos), além de assassinatos, feridos e atentados contra veículos, com um caso para cada categoria, reportou o jornal Vanguardia.

jornalista independente Luis Eduardo Gómez foi o único jornalista assassinado na Colômbia registrado este ano, no dia 30 de junho, em Antioquía, no noroeste do país. Gómez era testemunha da promotoria em uma investigação sobre os vínculos entre políticos e paramilitares.

Segundo o informe da FLIP, as regiões onde foram registradas a maior quantidade de ameaças e perseguição a jornalistas são justamente Antioquía e Cauca, no sudoeste do país, ressalta o site Elcolombiano.com.

No departamento de Cauca, as ameaças vieram de panfletos assinados por grupos paramilitares. Além disso, durante combates entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o exército, em julho, o grupo guerrilheiro detonou uma bomba na rádio comunitária Red Nasa, tirando-a do ar, explica a FLIP.

Entre os casos mais relevantes de ameaças à imprensa, a FLIP destacou as intimidações e ameaças sofridas pela jornalista Mary Luz Avendaño, correspondente em Medellín do jornal El Espectador, que investiga a violência ligada ao tráfico de drogas.

Em 4 de agosto, a Colômbia celebra o dia do jornalista. A FLIP, no entanto, afirmou que não é uma data para se comemorar e anunciou que a emissora regional Telecaribe deverá tirar seu sinal do ar durante quatro minutos e 850 rádios comunitárias silenciarão suas vozes ao meio-dia, como marco do protesto contra a violência "Um silêncio para escutar".

Veja aquí as estatísticas completas do relatório e as descrições das categorias.

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