A polícia da Bolívia informou que prendeu o quarto suspeito do ataque ao jornalista de rádio que teve fogo ateado em seu corpo enquanto transmitia seu programa na última segunda-feira, 29 de outubro, publicou a BBC Mundo.
Fernando Vidal, diretor da Radio Popular de Yacuiba, entrevistava mulheres que denunciavam possíveis casos de corrupção na fronteira com a Argentina quando vários indivíduos chegaram à emissora, jogaram gasolina no jornalista e na operadora técnica e lhes atearam fogo.
Três pessoas foram detidas horas depois do ataque graças a testemunhas que anotaram o número da placa do veículo no qual os possíveis agressores escaparam, informou a BBC Mundo.
De acordo com o Ministério Público, existem indícios suficientes que vinculam estes três detidos ao ataque contra o jornalista, por isso um juiz determinou sua prisão preventiva, informou o jornal La Razón. Os detidos foram acusados pelos crimes de invasão, lesões graves e tentativa de homicídio, segundo o jornal.
Além da prisão dos quatro suspeitos, a família de Vidal exige que as autoridades consigam descobrir os mentores intelectuais do ataque. Após o incidente, relatou o Infobae, Vidal disse crer que os criminosos estão associados ao partido do presidente da Bolívia, Evo Morales, Movimiento al Socialismo (MAS).
No entanto, o filho de Vidal, Estebán Farfán, disse que não crê que o governo de Morales seja responsável pelo ataque, relatou a RNW. Farfán suspeita que o ataque tenha vindo de "grupos de poder locais".
Um comandante da polícia disse à CNN que as investigações seguem em curso e que é cedo demais para determinar se alguém ordenou o ataque contra Vidal.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.