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Publicação de jornal é proibida na Venezuela e diretores são presos

Um tribunal de Caracas emitiu uma liminar que proíbe a edição, circulação e distribuição do jornal semanal 6º Poder, após a publicação, no dia 21 de agosto, de uma montagem de seis funcionárias do governo vestidas como dançarinas burlescas, informou o jornal El Universal de Venezuela.

No mesmo dia, o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) também prendeu a diretora do jornal, Dinorah Girón, e foi emitida uma ordem de prisão para o presidente da empresa, Leocenis García.

O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) exigiu, por meio de um comunicado, a liberação imediata da diretora do jornal e pediu que não haja mais prisões de pessoas envolvidas na publicação da montagem.

O SNTP cita em sua página na internet a Declaração de Princípios sobre Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), de 2000, na qual se afirma que "as leis que penalizam a expressão ofensiva dirigida a funcionários públicos, geralmente conhecidas como 'leis de desacato', atentam contra a liberdade de expressão e contra o direito à informação".

As funcionárias que aparecem na montagem disseram que a publicação prejudicava sua reputação. “Querem falar da figura feminina como uma dançarina de cabaré e do país como um bordel. Imaginem o significado disso, a agressão completa, isso é imperdoável em qualquer lugar do mundo", disse Blanca Eekhout, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, em uma entrevista transmitida pela televisão estatal venezuelana.

Várias dezenas de mulheres marcharam pelas ruas do centro de Caracas para instar o Ministério Público e a Assembleia Nacional a investigar os "autores materiais e intelectuais" do material publicado, de acordo com a agência EFE.

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