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Relatos sobre a perseguição de jornalistas durante a ditadura argentina

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  • 11 junho, 2010

Por Maira Magro

Em uma nova jornada de julgamento dos responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura argentina (1976-1983), o editor geral do Clarín, Ricardo Kirschbaum, e a jornalista Magdalena Ruiz Guiñazú testemunharam sobre o desaparecimento de 22 pessoas num centro de detenção clandestino em Tucumán, em 1976 e 1977, informou o Clarín. Entre os desaparecidos estavam o jornalista Eduardo Ramos e sua esposa grávida.

O julgamento, nos tribunais federais de Tucumán, tem como acusados o ex-governador Antonio Domingo Bussi, o general Luciano Benjamín Menéndez (ambos já condenados à prisão perpétua em outras causas envolvendo a ditadura) e outras cinco pessoas.

O editor geral do Clarín, Eduardo Kirschbaum, contou que sua família sofreu cinco atentados durante o regime militar e que, em novembro de 1974, o jornal La Gaceta recebeu uma lista de jornalistas ameaçados de morte, relatou o Clarín.

A jornalista Magdalena Ruiz Guiñazú – uma das integrantes da Comissão Nacional de Desaparição de Pessoas, que preparou o relatório “Nunca Mais” – afirmou que o grupo paramilitar Aliança Anticomunista Argentina (conhecido como Triple A), atuante durante o governo de Isabelita Perón, foi o “ovo da serpente” na preparação da ditadura, relatou o Tucumán a las Siete. “Mas nunca se fez um ‘Nunca Mais’ deste período”, lamentou a jornalista.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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