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Repórteres Sem Fronteiras dá prêmio a locutora que denunciou abusos militares em Honduras

A hondurenha Karla Rivas é a primeira jornalista mulher a receber o Prêmio Peter Mackler de Jornalismo 2011, concedido pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e pelo Global Media Forum, informou a própria RSF.

Rivas trabalha para a Radio Progreso, uma emissora jesuíta que foi ocupada por militares durante o golpe de estado em Honduras, em junho de 2009.

Como a metade dos hondurenhos vive no campo, o rádio é um meio de comunicação muito importante no país, explicou a AFP. Assim que os soldados deixaram a emissora, simpatizantes acamparam em frente à rádio para evitar a volta dos militares. No dia seguinte, a Radio Progreso se arriscou e entrou novamente no ar, acrescentou a AFP. “Como poderíamos decepcionar as pessoas que estavam cuidando da rádio”, disse a jornalista.

“Karla Rivas se transformou em uma forte opositora das táticas militares e continua defendendo o direito da Radio Progreso de transmitir informações sem censura”, segundo comunicado do Prêmio Peter Mackler.

Em seu discurso na cerimônia de premiação, Rivas lembrou os 16 jornalistas assassinados em Honduras desde 2009, entre eles um correspondente da Radio Progreso.

O Prêmio Peter Mackler reconhece a valentia de jornalistas que trabalham em lugares ou circunstâncias adversas em prol da imprensa livre. O troféu foi criado em junho de 2008 em homenagem ao jornalista americano que, durante 29 anos, trabalhou para a agência francesa AFP - a maior parte do tempo em zonas de conflito.

Abaixo, veja um vídeo da Repórteres Sem Fronteiras sobre a ocupação militar da Radio Progreso.

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