Inspiradas pelo poder dos aplicativos de mensagens para estabelecer relacionamentos pessoais mais próximas com os leitores de notícias, um trio de jornalistas chilenas veteranas criou este ano uma bot de notícias com o fim de manter os eleitores informados durante as próximas eleições do país.
Apesar da promessa de que internet seria um caminho para criar uma aldeia global ter, em certa medida, se realizado, os meios digitais também permitiram a produção de informação hiperlocalizada e hiperespecializada. No Brasil, onde 66% da população está conectada à internet, as redes sociais vêm permitindo a criação de mídias hiperlocais – páginas e grupos que tem como foco um bairro, uma localidade ou mesmo uma rua.
Ao redor do mundo, jornalistas não estão acompanhando a revolução digital. Esta é uma das conclusões de uma pesquisa recente do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês), “O Estado da Tecnologia em Redações Globais”.
O Brasil viu surgir nos últimos anos dezenas de iniciativas independentes de jornalismo, muitas delas lançadas com a proposta de inovar no conteúdo e nas formas de apresentar sua produção. Um desafio que perpassa a maior parte destas iniciativas é a sustentabilidade financeira: como gerar a renda necessária para aprimorar a qualidade jornalística mantendo o conteúdo acessível ao maior número de pessoas possível?
A organização internacional Chicas Poderosas quer avançar em sua missão de aproximar mulheres jornalistas da tecnologia nas redações atuais com uma série de oficinas de design thinking, que começa no dia 22 de agosto no Rio de Janeiro.
Um cachorro perdido em Setúbal, um restaurante taiwanês em Espinheiro, um barbeiro de 91 anos de Jardim São Paulo. Estes são alguns dos assuntos hiperlocais, de interesse específico a bairros da região metropolitana de Recife, que o PorAqui, com um ano de idade, reúne para milhares de leitores ao redor da capital pernambucana.
Uma mistura entre jornalismo e Pokemón Go – é assim que o site Agência Pública define seu primeiro aplicativo, o Museu do Ontem. Na plataforma, ao invés de capturar monstrinhos, o usuário explora a Zona Portuária do Rio de Janeiro em busca de reportagens, trechos de livros e áudios para entender o passado e o presente da região.
Desde o início de suas formações, jornalistas são ensinados que a profissão é importante para a sociedade e para a manutenção da democracia. Mas como indicar, de forma mensurável, essa relevância na vida das pessoas?
Em agosto de 2016, o jornalista catalã Ismael Nafría e sua família viajaram cerca de 8,5 mil quilômetros de Barcelona para Austin, Texas, para passar um ano no Centro Knight para o Jornalismo nas Américas na Universidade do Texas, como parte do programa de residência em jornalismo. Durante esse período, ele escreveu e publicou o livro "A reinvenção do The New York Times", coordenou uma série de histórias sobre inovação jornalística na América Latina (também publicada como e-book) e lançou uma newsletter semanal sobre inovação na mídia digital.
Por cinco anos, o braço do Hacks/Hackers de Buenos Aires e da Argentina reuniu milhares de jornalistas e especialistas em tecnologia nessa cidade para discutir o futuro das notícias e inovações. Em setembro, a conferência conhecida como Media Party abordará uma das maiores ameaças para a indústria de notícias e também uma das maiores oportunidades de inovação: as notícias falsas.
A Operação Lava Jato é considerada o maior caso de corrupção na história do Brasil e provocou a indignação de muitos cidadãos. Por esse motivo, o jornalista Luiz André Alzer deu aos brasileiros a oportunidade de "se vingar" e punir políticos e empresários corruptos com um jogo de cartas, inspirado em personagens reais e situações do escândalo.
"Jornalismo Inovador na América Latina", o novo e-book gratuito do Centro Knight, está disponível agora em inglês e português.