Todos os dias, em Caracas, repórteres de diferentes meios digitais independentes na Venezuela visitam os necrotérios da cidade para coletar dados sobre as vítimas do dia. Nome e sobrenome, as circunstâncias da morte e outras informações sobre a pessoa falecida são registradas em uma base de dados jornalística, e algumas histórias ou tendências especialmente relevantes são publicadas nos sites de maneira mais detalhada.
Para El Faro, ver reportagens de seus jornalistas publicadas na capa do prestigiado The New York Times ou na página inicial da Univision é um reconhecimento de sua aposta de quase 20 anos em jornalismo investigativo e informação online de qualidade feita a partir do pequeno país centro-americano de El Salvador.
A tramitação de projetos de lei na Câmara dos Deputados vai passar a ser acompanhada de perto por um novo setorista: um robô produtor de notícias, o primeiro do tipo no Brasil.
Em um dia ensolarado de maio, membros da equipe do Chequeado cuidadosamente instalaram um grande jogo de tabuleiro na Plaza Moreno em La Plata, na Argentina. Toda a cena tinha um ar de fantasia: dados que requerem duas mãos para segurar, peões com mais de um metro de altura e artistas de circo que chamavam passantes a tentar a sorte na versão do site de fact-checking para "La Oca", ou o Jogo do Ganso.
Aos 34 anos de vida, 16 deles dedicados ao jornalismo, o guatemalteco Martín Rodríguez Pellecer já pode contar entre seus feitos a criação e o estabelecimento de dois veículos de mídia que mudaram o panorama jornalístico de seu país.
Inspiradas pelo poder dos aplicativos de mensagens para estabelecer relacionamentos pessoais mais próximas com os leitores de notícias, um trio de jornalistas chilenas veteranas criou este ano uma bot de notícias com o fim de manter os eleitores informados durante as próximas eleições do país.
Apesar da promessa de que internet seria um caminho para criar uma aldeia global ter, em certa medida, se realizado, os meios digitais também permitiram a produção de informação hiperlocalizada e hiperespecializada. No Brasil, onde 66% da população está conectada à internet, as redes sociais vêm permitindo a criação de mídias hiperlocais – páginas e grupos que tem como foco um bairro, uma localidade ou mesmo uma rua.
Ao redor do mundo, jornalistas não estão acompanhando a revolução digital. Esta é uma das conclusões de uma pesquisa recente do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês), “O Estado da Tecnologia em Redações Globais”.
O Brasil viu surgir nos últimos anos dezenas de iniciativas independentes de jornalismo, muitas delas lançadas com a proposta de inovar no conteúdo e nas formas de apresentar sua produção. Um desafio que perpassa a maior parte destas iniciativas é a sustentabilidade financeira: como gerar a renda necessária para aprimorar a qualidade jornalística mantendo o conteúdo acessível ao maior número de pessoas possível?
A organização internacional Chicas Poderosas quer avançar em sua missão de aproximar mulheres jornalistas da tecnologia nas redações atuais com uma série de oficinas de design thinking, que começa no dia 22 de agosto no Rio de Janeiro.
Um cachorro perdido em Setúbal, um restaurante taiwanês em Espinheiro, um barbeiro de 91 anos de Jardim São Paulo. Estes são alguns dos assuntos hiperlocais, de interesse específico a bairros da região metropolitana de Recife, que o PorAqui, com um ano de idade, reúne para milhares de leitores ao redor da capital pernambucana.
Uma mistura entre jornalismo e Pokemón Go – é assim que o site Agência Pública define seu primeiro aplicativo, o Museu do Ontem. Na plataforma, ao invés de capturar monstrinhos, o usuário explora a Zona Portuária do Rio de Janeiro em busca de reportagens, trechos de livros e áudios para entender o passado e o presente da região.