Nove soldados foram sancionados por monitorar e traçar perfis de 130 pessoas, incluindo 30 jornalistas. No entanto, para o veículo investigativo Rutas del Conflicto, a punição ignora os danos a longo prazo.
Apesar de o reconhecimento de fotojornalistas mulheres na América Latina ter aumentado nos últimos anos, o setor continua ocupado predominantemente por homens. Dados recentes mostram que apenas 22% das inscrições no World Press Photo foram enviadas por mulheres.
O jornalismo independente na Venezuela enfrenta uma grave crise devido à censura, à perseguição e à falta de financiamento, situação que motivou iniciativas de solidariedade como a Vaca Mediática. Este projeto busca não apenas financiar o trabalho jornalístico, mas também enviar uma mensagem de unidade e resistência diante da repressão.
Em Michoacán, jornalistas propõem uma lei para criminalizar o discurso de ódio após o assassinato de um repórter. Em Puebla, um projeto de lei suscita críticas por excluir a contribuição de jornalistas e potencialmente restringir a liberdade de expressão.
O regime de Ortega-Murillo retirou-se da Unesco após a organização conceder o seu prêmio de liberdade de imprensa ao jornal nicaraguense. Juan Lorenzo Holmann Chamorro disse que a reação é mais um incentivo para o trabalho do La Prensa.
O El Faro, principal veículo de jornalismo investigativo de El Salvador, afirma que o governo está preparando mandados de prisão contra seus jornalistas após a publicação de entrevistas que vinculam a ascensão política do presidente Nayib Bukele ao apoio de gangues.
Um novo relatório da Repórteres Sem Fronteiras constata que a instabilidade econômica prejudicou a indústria da mídia na maioria dos países da América Latina no ano passado. A Nicarágua, sob uma ditadura cada vez mais repressiva, ultrapassou Cuba como o pior país da região para a liberdade de imprensa.
Defensores da imprensa afirmam que todos os três ramos do governo peruano estão atacando jornalistas com ações judiciais, leis e ataques verbais.
O Aristegui Noticias, do México, noticia que um vazamento de grande escala revela que a poderosa emissora Televisa conduziu uma operação secreta para manipular a opinião pública e atacar juízes, jornalistas e até mesmo o bilionário Carlos Slim.
Com apenas 4% de aprovação popular, a presidente Dina Boluarte promulgou uma medida que impõe o controle estatal sobre meios de comunicação que recebem recursos de fundos internacionais. A lei está sendo comparada a legislações similares de regimes autoritários, em um contexto de crescente deterioração democrática no Peru.
No ISOJ, profissionais de El Salvador, Índia, Hungria e Turquia contaram como os governos de seus países enfraqueceram a liberdade de expressão, dando aos jornalistas americanos uma ideia do que pode estar por vir.
Repórteres de Haiti, Malawi, Rússia, Síria e Venezuela relataram restrições à liberdade de imprensa e ao jornalismo em seus países de origem, incluindo prisão e exílio.