Jornalistas exilados precisam lidar com a paralisação de seus pedidos de asilo e o fim do programa de parole humanitário. Aqueles que forem enviados de volta à Nicarágua ou à Venezuela irão regressar a regimes abertamente hostis à liberdade de imprensa.
Oficiais militares tentam descobrir a identidade de fontes anônimas, enquanto políticos chamam jornalistas e veículos de “pseudoveículos”. A autocensura é o resultado até aqui, advertem defensores da liberdade de imprensa.
Tercero promovia livros e o pensamento livre. Agora grupos de defesa da imprensa pedem respostas sobre ela e outros dois repórteres. O seu sumiço é um símbolo da repressão do regime da Nicarágua contra o pensamento livre.
Enquanto dois grupos armados lutam pelo controle do tráfico de drogas na região de Catatumbo, os jornalistas locais enfrentam novos riscos ao cobrirem a violência que já deslocou 36 mil pessoas.
A plataforma #Todos, criada por uma aliança de 10 veículos de comunicação independentes também se tornou um grito pela libertação de todos os presos políticos em Cuba.
Em 2024, jornalistas em vários países, como México, Nicarágua, Colômbia e Brasil enfrentaram cada vez mais violência, censura e assédio, mas perseveraram e produziram valiosas reportagens. Estas foram as publicações da LJR mais marcantes do ano para os nossos repórteres.
O exílio se tornou a única opção para centenas de jornalistas latino-americanos que fogem de violência, ameaças e perseguição em seus países. Para apoiá-los, a Sociedade Interamericana de Imprensa lançou a Rede Latino-Americana de Jornalismo no Exílio (Relpex).
As autoridades nicaraguenses já fecharam, processaram ou forçaram os meios de comunicação críticos ao exílio. Defensores dos direitos humanos alertam que, com a nova lei, as autoridades poderão acessar a localização, as chamadas telefônicas e o histórico de navegação dos usuários da internet.
Três meses após a reeleição contestada de Nicolás Maduro, o regime venezuelano está atacando jornalistas que parecem ser críticos, levando muitos a se autocensurarem, esconderem-se ou fugirem do país.
Novo relatório da Unesco confirma tendência de governos em todo o mundo de tentar evitar críticas e silenciar jornalistas acusando-os de lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Na América Latina, a maioria dos casos se concentra na América Central.
Zamora, conhecido por expor a corrupção na Guatemala, ficou preso por mais de dois anos em um processo, segundo seus defensores, repleto de irregularidades. “Tenho o espírito, a coragem e a fé para continuar”, disse ele.
Colaboração, perspectivas feministas e diversidade nas redações influenciam coberturas melhores sobre migração, afirmam painelistas do Congresso de Jornalismo de Migrações 2024, em Mérida, Espanha.