Profissionais dos meios de comunicação na Venezuela organizaram manifestações no Dia do Jornalista, no domingo, 27 de junho.
Enquanto o Dia do Jornalista se aproxima na Venezuela, onde será celebrado no domingo, 27 de junho, a imprensa no país enfrenta reiterados obstáculos à liberdade de expressão, aponta uma análise do jornal El Tiempo.
A cobertura da Copa do Mundo tem sido marcada por discussões que ultrapassam as partidas de futebol. Nos Estados Unidos, a extrema-direita declarou guerra ao campeonato - enxerga uma ideologia estrangeira, alheia à cultura americana. No Brasil, as brigas entre o técnico Dunga e jornalistas da Globo geraram uma onda de campanhas na internet contra a emissora.
Dezenas de cartazes com palavras depreciativas contra o jornalista Juan Cruz Sanz, editor do jornal Clarín, apareceram nas ruas de Rio Gallegos, sua cidade natal, informou o próprio jornal.
Depois de passar três meses na prisão, condenado por injúria, o jornalista equatoriano Fredi Aponte foi processado novamente pelo ex-prefeito da cidade de Loja, José Bolívar Castillo, desta vez por "insolvência fraudulenta", segundo El Universo.
O polêmico projeto de Lei das Comunicações no Equador teve os seguintes desdobramentos em sua tramitação:
Depois de passar mais de cinco meses na prisão acusado de difamação, o jornalista Segundo Carrascal Carrasco, editor do semanário Nor Oriente, na cidade de Bagua, ao norte do país, foi libertado pela Suprema Corte de Lima, informou o site Crónica Viva.
A Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) informou que hackers tentaram sabotar o site do jornalista Hollman Morris, diretor do programa Contravía. Um relatório técnico revelou que os hackers usaram um código que vinculava o site do programa a páginas de spam, causando seu bloqueio pelas ferramentas de busca.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou expropriar as ações da Globovisión de propriedade de um banqueiro - aumentando as pressões sobre o último canal crítico do governo no país, informou a Reuters.
A deterioração da liberdade de imprensa na Venezuela foi o principal tema da audiência sobre liberdade de imprensa nas Américas organizada na quarta-feira, 16 de junho, pelo Comitê de Relações Internacionais da Câmara dos Deputados dos EUA. “A Venezuela está avançando rapidamente para limites intoleráveis, mas creio que ainda é possível reverter a situação”, afirmou Catalina Botero, relatora especial para a liberdade de expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), em citação da AFP.
Guillermo Zuloaga, presidente da Globovisión, acusou o presidente Hugo Chávez de ordenar sua prisão para silenciar as críticas de sua emissora ao governo venezuelano, informou a Associated Press.
A jornalista Karol Cabrera, apresentadora de programas polêmicos no rádio e na televisão em Honduras e defensora do golpe que depôs o presidente Manuel Zelaya, acaba de deixar o país com seus dois filhos rumo ao Canadá, onde será recebida como asilada política, informaram os jornais El Tiempo e La Prensa.