A jornalista colombiana Edilma Prada, fundadora da Agenda Propia, e o mexicano Juan Manuel Jiménez Ocaña, especialista em interculturalidade e educação indígena, compartilham recomendações para representar com dignidade os saberes, os valores e os modos de existir dos povos indígenas.
Para que mulheres e pessoas LGBTQ+ tenham mais presença na agenda editorial e em posições de poder nos meios de comunicação, jornalistas precisam ter 'conversas desconfortáveis' com colegas, gestores e consigo mesmos, disseram Geo González (México), Carolina Vila-Nova (Brasil), Daniel Villatoro (Guatemala) e Esteban Hernández (Colômbia).
No quarto painel da Segunda Conferência Latino-Americana sobre Diversidade no Jornalismo, foram apresentados produtos e iniciativas de fomento à diversidade, equidade e inclusão (DEI) no jornalismo latino-americano. Segundo os panelistas, a diversidade pode ser promovida tanto desde meios tradicionais como dos independentes, desde que seja algo feito com rigor.
Dadas as narrativas de ódio e a invisibilidade sofrida pelas comunidades indígenas, afrodescendentes e negras na América Latina, os jornalistas devem dar voz a elas, conhecer suas realidades e evitar sua revitimização, disseram Diana Manzo, Indhira Suero e Edilma Prada, membros do primeiro painel da 2ª Conferência Latino-Americana sobre Diversidade no Jornalismo.
A diversificação das fontes de financiamento e a participação ativa do Estado são elementos fundamentais para garantir a viabilidade econômica dos veículos de comunicação. Especialistas reunidos durante painel no Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) defenderam uma mudança de paradigma em favor de uma diversificação de fontes de arrecadação.
Investigações jornalísticas frequentemente desvelam ilegalidades e injustiças e contribuem para a garantia e o acesso a direitos. No caso das desigualdades de gênero, o jornalismo investigativo também tem um papel crucial. Uma universidade no México busca suprir a lacuna da formação neste tema por meio de um curso online em jornalismo investigativo com perspectiva de gênero.
O movimento para dar mais enfoque e ampliar a visibilidade das questões LGBTI+ é importante, mas são necessários cuidados para não reproduzir desinformação ou estigmatizar grupos que foram historicamente vulnerabilizados e silenciados. Camilla Figueiredo, cofundadora da organização independente e sem fins lucrativos Agência Diadorim, no Brasil, fala sobre as melhores práticas na produção de conteúdos e na busca por fontes especializadas sobre a temática.
O movimento social criado em 2015 a partir de um caso de feminicídio que chocou a Argentina causou mudanças profundas também no jornalismo no país: foram criadas “editorias de gênero” em vários meios jornalísticos e a abordagem de temas relacionados a diversidade, equidade e inclusão se fortaleceu.
Mulheres jornalistas em Cuba, Venezuela, Nicarágua e El Salvador devem enfrentar comentários misóginos, ameaças à sua integridade física e seu ambiente familiar e violações de sua privacidade. Nesta artigo, mostramos as experiências de mulheres que exerceram o jornalismo nesses países.
O projeto brasileiro “Acessibilidade jornalística: um problema que ninguém vê” se voltou às demandas das pessoas com deficiência visual para melhorar seu acesso à informação de qualidade. Para isso, realizou uma pesquisa com pessoas cegas ou com baixa visão e uma análise de 21 sites jornalísticos. A partir disso, produziu o Lume, um aplicativo curador de conteúdo jornalístico voltado para pessoas com deficiência visual. A iniciativa pretende ampliar o entendimento sobre inclusão e diversidade no jornalismo.
O painel “Lições e casos inovadores”, do 15º Colóquio Ibero-americano de Jornalismo Digital, reuniu jornalistas, diretores e editores da América Latina para apresentar modelos eficazes que surgem da união entre ferramentas tecnológicas e bom jornalismo.
Borja Echevarría, diretor adjunto do jornal espanhol El País, conversou com Rosental Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, sobre o sucesso do modelo de assinaturas digitais do periódico, que deve chegar a 200 mil assinantes em dois anos. Ele também falou do novo projeto gráfico do site e do papel dos podcasts na aproximação entre leitores e jornalistas.