As recentes eleições primárias na Argentina colocaram o candidato ultraconservador Javier Milei como favorito, o mesmo que declarou que eliminaria a publicidade governamental em meios de comunicação e processou cinco jornalistas. Em Jujuy, forças de segurança prenderam e agrediram jornalistas que cobriam manifestações populares.
Desde 2019, 13 meios de comunicação argentinos criaram o posto de editora de gênero, o que faz do país o terreno mais fértil na América Latina para essas profissionais. Uma pesquisa inédita ouviu 12 delas e constatou que as editoras são alvo de violência online com assustadora frequência, e que a maioria delas não se intimida perante os ataques.
Quatro anos depois da nomeação de Mariana Iglesias no jornal argentino Clarín, editoras de gênero promovem mudanças na cobertura jornalística, trabalham para consolidar suas posições e enfrentam violência online sem precedentes. A LatAm Journalism Review conversou com editoras de gênero de quatro países para entender o estado atual dessas profissionais na região.
Otra Economía nasceu na Argentina como um meio para transformar o modelo econômico atual e promover o triplo impacto, a economia circular, o empreendedorismo e a inovação social. Oferece um curso para jornalistas para abordar a injustiça social e a discriminação no trabalho.
Uma coletânea de estudos sobre a cobertura da violência contra mulheres no Sul Global constatou avanços na Argentina e no México, enquanto no Brasil se destacaram os vieses de raça e classe. Coeditora do volume disse à LJR que espera que o trabalho evidencie como a cobertura jornalística está conectada a este “enorme problema sistêmico global”.
Sete festivais de podcast em espanhol formaram o Circuito Ibero-Americano de Festivais de Podcast (CIFESPOD) com objetivos como o reconhecimento do formato como uma indústria cultural, a união de forças na busca de apoio financeiro, a criação de um prêmio latino-americano para o melhor do podcasting e o fortalecimento da produção de peças narrativas de jornalismo em áudio.
Várias décadas se passaram desde que os últimos regimes ditatoriais foram instalados no Cone Sul da América Latina. Defensores dos direitos humanos e uma jornalista falam sobre os desafios de reportar o passado recente e por que é importante continuar fazendo isso.
Enquanto a cobertura dos feminicídios se concentra nos detalhes dos crimes e os apresenta como “casos isolados”, a maioria do público argentino deseja mais foco na prevenção da violência de gênero e mais empatia com as vítimas, aponta o estudo “Femicidios en los medios y en la opinión pública” (“Feminicídios nos meios de comunicação e na opinião pública”).
Diante dos desafios e da crescente violência contra jornalistas na América Latina, dois jornalistas sul-americanos estão promovendo uma Lei Modelo que possa ser aplicada em todo o mundo. Até agora, o Chile é o país que tem feito mais progressos neste sentido. Em 6 de março de 2023, a Comissão de Cultura, Artes e Comunicações […]
Praticamente todos os meios de comunicação e portais argentinos cobriram o julgamento do assassinato de Fernando Báez Sosa, filho de imigrantes paraguaios na Argentina. Foi a notícia mais compartilhada dos últimos meses no país sul-americano. No entanto, poucos meios falaram sobre a natureza racista do crime.
Consolidar um projeto jornalístico sustentável com independência editorial é uma tarefa difícil. Na Argentina, com um déficit fiscal aliado a uma desvalorização da moeda e uma inflação que em 2022 atingiu 94,8%, a questão é inevitável: que estratégias para atrair recursos meios digitais nativos como Cenital, Chequeado e elDiarioAr implementam para sobreviver?
Jornalistas da América Latina encontraram nos podcasts de true crime uma plataforma ideal para levar investigações jornalísticas sobre crimes reais a novas audiências, mas ainda enfrentam grandes desafios para distribuí-los e monetizá-los.