O empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal paulista Diário do Grande ABC, foi preso na sexta-feira, dia 1 de abril, durante a Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção no governo e em empresas brasileiras. A 27a fase da operação apura o destino de R$ 12 milhões de um empréstimo feito por outro empresário - metade deste valor teve Maria Pinto como destinatário final e a suspeita é de que teria comprado o silêncio do empresário a respeito de irregularidades cometidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), de acordo com o jornal Folha de São Paulo.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos recebeu, no dia 22 de abril, uma denúncia contra o Estado brasileiro pela morte do jornalista Vladimir Herzog em 1975, durante a ditadura militar no país. Segundo o jornal O Globo, "a Advocacia-Geral da União já foi notificada" e a Corte deve agora ouvir os envolvidos para decidir se aceita a denúncia.
O radialista Jair Pereira Teixeira, de 46 anos, sobreviveu a uma tentativa de assassinato que, segundo a polícia, teria sido motivada por suas denúncias de atividades ilegais na rádio em que trabalha. O radialista foi atingido por três tiros no dia 27 de março em Forquilha, interior do Ceará.
Desde março de 2014, quando foi deflagrada, a Operação Lava Jato e seus desdobramentos têm dominado a pauta política no Brasil. Considerada pela Polícia Federal como a maior investigação de corrupção já realizada no país, sua cobertura é um desafio até para jornalistas experientes, como o editor-chefe da revista Época, Diego Escosteguy.
Uma repórter em tempo integral. Assim se define Elvira Lobato, uma das mais premiadas e reconhecidas jornalistas do país, com 39 anos dedicados ao jornalismo impresso. Mesmo depois de decidir se aposentar na Folha em 2011, onde foi repórter especial e trabalhou por 27 anos, o que ela chama de "sina" da investigação não a deixou. Em fevereiro deste ano, ela publicou uma série de reportagens sobre concessões de tevê na Amazônia Legal em parceria com a Agência Pública.
O radialista João Valdecir de Borba, conhecido como Valdão, foi morto no dia 10 de março enquanto trabalhava nos estúdios da Rádio Difusora AM em São Jorge do Oeste, sudoeste do Paraná. De acordo com uma reportagem do portal G1, a polícia informou que o crime foi cometido por duas pessoas, ainda não identificadas.
Segundo testemunhas, foram dois homens em uma moto que dispararam oito vezes contra o carro estacionado na garagem do jornalista brasileiro Kenedy Salomé Lenk, na madrugada de quinta-feira, 10 de março. O jornalista dormia em sua casa com a esposa e a filha, informou o site do jornal O Globo.
Após uma equipe de TV ter sido feita refém no Paraná, uma emissora ter sido invadida em Goiânia e oito repórteres terem sido agredidos em São Paulo, a Unesco em conjunto com representantes de veículos de comunicação brasileiros entregaram nesta quinta-feira, 10 de março, uma carta ao ministro de Comunicação Social pedindo ações para proteger jornalistas e garantir que a mídia possa trabalhar em segurança - em meio à cobertura das investigações de corrupção no país.
A cada sete minutos, uma denúncia de violência contra mulher é registrada no Brasil, segundo dados da Secretaria de Políticas para Mulheres. No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o jornal brasileiro O Estado de São Paulo divulgou essas denúncias exatamente na velocidade com que elas ocorrem: a cada sete minutos. A campanha do jornal no Twitter postou denúncias reais coletadas pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
O número de projetos jornalísticos de checagem de informação pelo mundo quase dobrou entre 2015 e 2016, segundo uma contagem anual do Duke Reporters’ Lab. De acordo com o estudo, há hoje 96 projetos ativos de checagem em 37 países. Em 2015, eram 64 iniciativas ativas - e 44 no ano anterior.
A Agência Pública, uma das principais referências do cenário de mídia independente no Brasil, está com duas novidades no mês de seu quinto aniversário: um centro cultural para apoiar o jornalismo independente e um mapa interativo inédito sobre as novas iniciativas jornalísticas do país.
Enquanto o Rio de Janeiro se prepara para entrar no estágio final de preparação para as Olimpíadas, meios de comunicação de todo o mundo tentam entender a cidade e seus contrastes. Inevitavelmente, isso inclui entrar nas favelas espalhadas pela metrópole e discutir questões como a violência policial, o despejamento de moradores e o racismo. Mas também inclui mostrar a arte, música e o espírito das pessoas vivendo nas favelas.