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Dono de jornal é preso e jornalista é forçado a depor em nova fase da operação Lava Jato no Brasil

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  • 4 abril, 2016

Por Giovana Sanchez

O empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal paulista Diário do Grande ABC, foi preso na sexta-feira, dia 1 de abril, durante a Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção no governo e em empresas brasileiras. A 27a fase da operação apura o destino de R$ 12 milhões de um empréstimo feito por outro empresário - metade deste valor teve Maria Pinto como destinatário final e a suspeita é de que teria comprado o silêncio do empresário a respeito de irregularidades cometidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), de acordo com o jornal Folha de São Paulo.

Ainda segundo a Folha, a defesa de Ronan Maria Pinto disse que o cliente "não tem relação com os fatos envolvidos".

Ronan Maria Pinto comprou o jornal em 2004 - a suspeita é, segundo o portal G1, de que o dinheiro recebido tenha sido usado em parte para a compra do jornal. O Diário do Grande ABC é impresso no ABC paulista e tem uma tiragem de 33,6 mil exemplares diários.

Essa não foi a primeira vez que Ronan Maria Pinto é acusado criminalmente. Segundo O Globo, ele já havia sido condenado em 2015, em primeira instância, a 15 anos de prisão por um caso de corrupção na prefeitura de Santo André.

Além de Ronan Maria Pinto, o jornalista Breno Altman, diretor do site Opera Mundi, colunista do Brasil 247 e ligado ao PT, foi conduzido coercitivamente a prestar depoimento.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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