Impulsionado pelos desertos de notícias no interior da Argentina, há três anos nasceu Ruido, um meio de comunicação colaborativo formado por uma rede de jornalistas de todo o país que investiga a corrupção por meio de solicitações de acesso a dados públicos. Apesar da falta de transparência local, sua rede de colaboradores conseguiu gerar impacto nacional em questões de interesse público.
A Rádio Chilango surgiu para trazer notícias sobre a Cidade do México, a imensa capital de 22 milhões de habitantes onde o jornalismo local é repleto de lacunas. Além de manter os atuais ouvintes, sua meta agora é atrair novos públicos por meio das redes sociais e outras plataformas.
A Fundação para a Liberdade de Expressão e Democracia lançou a Sala de Edição, um novo espaço virtual com o objetivo de fortalecer o jornalismo independente na Nicarágua e na América Central. Entre os apoios disponíveis estão mentorias, ajudas editoriais e orientações para criar reportagens.
Graças a uma campanha bem-sucedida de financiamento coletivo, a produtora mexicana de jornalismo independente Dromómanos não só evitou a falência, como também está fortalecendo sua divisão de educação como fonte de renda e preparando uma investigação continental sobre fraude bancária.
A agência brasileira de jornalismo com foco em temáticas raciais lançou o seu primeiro manual de estilo após mais de três anos de trabalho. Intitulado "Manual de Redação: O jornalismo antirracista a partir da experiência da Alma Preta," ele sintetiza a ética jornalística do veículo, desde critérios de noticiabilidade até abordagens antirracistas e recomendações estilísticas.
Investigatour Amazônia, uma iniciativa criada pelo Convoca no Peru e replicada pela Fundamedios no Equador, busca incentivar a formação de jornalistas das regiões amazônicas em temas como jornalismo de dados, narrativas digitais e segurança, para que possam realizar investigações aprofundadas sobre crime organizado e conflitos ambientais enfrentados por suas comunidades.
A jornalista colombiana Andrea Aldana e a jornalista cubana Loraine Morales, que vivem no exílio devido à hostilidade contra o jornalismo em seus países, fortalecerão suas habilidades de ensino e compartilharão suas experiências com estudantes de jornalismo, como parte de um programa promovido pela Repórteres Sem Fronteiras e pela Universidade Miguel Hernández, da Espanha.
Sete festivais de podcast em espanhol formaram o Circuito Ibero-Americano de Festivais de Podcast (CIFESPOD) com objetivos como o reconhecimento do formato como uma indústria cultural, a união de forças na busca de apoio financeiro, a criação de um prêmio latino-americano para o melhor do podcasting e o fortalecimento da produção de peças narrativas de jornalismo em áudio.
Nas eleições gerais de 30 de abril, a recém-formada Red de Medios Alternativos del Paraguay foi posta à prova. A iniciativa busca dar visibilidade a assuntos pouco divulgados pela mídia tradicional paraguaia por meio do jornalismo colaborativo e da checagem de fatos.
Jornalistas de outros continentes que buscam cobrir a América Latina devem identificar padrões comuns entre diferentes países, encontrar pontos de conexão com as realidades de outras regiões e colaborar com profissionais locais, disseram María Teresa Ronderos, Alejandra Sánchez Inzunza e Silvia Viñas, convidadas do Festival Internacional de Jornalismo de Perugia, Itália.
A série de aulas magnas 'Disarming desinformation" ocorreu nos dias 17 e 18 de novembro. Craig Silverman (Propublica), Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo), Claire Wardle (Universidade Brown) e Giannina Segnini (Universidade Columbia) formaram o "dream team" dos instrutores. A LatAm Journalism Review (LJR) participou das aulas e apresenta um resumo dos pontos mais importantes.
O especial "No fue el fuego", ganhador do Prêmio Gabo 2022 em Cobertura, consegue uma convergência harmoniosa de diferentes formatos em uma investigação transmídia do incêndio no qual 41 meninas perderam suas vidas na Guatemala.