Nos últimos seis anos, mulheres venceram estereótipos de gênero e conquistaram espaço na narração de jogos de futebol na televisão brasileira. Nas redes, no entanto, ainda persistem campanhas misóginas e agressivas contra elas.
Parlamentares do Peru lançam ataques variados para restringir a liberdade de imprensa, e associações jornalísticas resistem como podem. Polêmico projeto de lei pode fracassar no Congresso, mas outras iniciativas ameaçadoras permanecem em discussão, refletindo a deterioração das condições democráticas no país.
Dois importantes casos de liberdade de expressão no continente foram apresentados durante o mais recente Período de Sessões da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que terminou em 25 de junho: um sobre rádios comunitárias na Guatemala e outro sobre o caso do jornal El Universo, do Equador.
Um jornalista paraguaio do jornal ABC Color foi processado por calúnia e difamação por um senador que, de acordo com o repórter, teria participado de uma tentativa de suborno para interromper a investigação da reportagem.
Um alto representante da Igreja Católica peruana que acusou uma jornalista investigativa de difamação retirou sua ação contra ela
A jornalista peruana Paola Ugaz foi denunciada criminalmente por difamação agravada pelo arcebispo de Piura e Tumbes, José Antonio Eguren Anselmi.
O jornalista chileno Javier Rebolledo Escobar foi absolvido do crime de "injúrias graves com publicidade" do qual ele foi acusado por um ex-oficial do exército condenado por crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), informou a EFE.
Mediante a controversa e nova lei polonesa sobre o Holocausto judeu, a Liga Polonesa Contra a Difamação denunciou o jornal argentino Página 12 e um colaborador do veículo por publicar um artigo sobre um massacre de judeus na cidade de Jedwabne em 1941.
A Associação Nacional de Jornalistas Bolivianos (ANPB, na sigla em espanhol) e a Associação de Jornalistas de La Paz (APLP, na sigla em espanhol) declararam “emergência nacional setorial” em rechaço a artigos do novo Código Penal do país que as entidades consideram que podem ser usados contra os profissionais em retaliação por seu trabalho.
O cidadão peruano e norte-americano Miguel Arévalo Ramírez entrou com vários processos contra jornalistas e meios de comunicação do Peru por difamação agravada, informou Ojo Público no dia 7 de novembro. Ramírez os acusa por terem noticiado as investigações contra ele da Direção Antidrogas da Polícia peruana (Dirandro), da Procuradoria Antidrogas do Peru e do DEA (sigla em inglês para Órgão para o Controle de Drogas) dos Estados Unidos e pede US$ 210 milhões de dólares em reparação.
Em Honduras, o jornalista Jairo López acusou o presidente do Congresso Nacional, Mauricio Oliva, de organizar uma campanha de difamação contra ele por meio das redes sociais, informou Tiempo Digital.
O governo boliviano lançou “O Cartel da Mentira” (“El Cártel de la Mentira”), controverso documentário de 80 minutos que gerou profunda rejeição de associações de jornalistas, ativistas e da sociedade civil do país sul-americano. O documentário foi realizado por ordem do ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, e contém ataques contra a imprensa independente boliviana.