No confuso episódio que começou como um protesto de policiais e militares e terminou no que o presidente Rafael Correa qualificou como uma tentativa de golpe de estado, os meios de comunicação equatorianos cobriram a confusa informação que receberam através das fontes oficiais do governo, reportou El Mundo.
Sete parlamentares de oposição ao governo do Equador viajaram aos Estados Unidos para denunciar o projeto de lei de comunicação a organismos e ONGs internacionais como a Organização de Estados Americanos (OEA) e a Freedom House, informaram El Universo e a agência EFE.
O governo equatoriano ampliou sua presença na mídia na segunda-feira, 6 de setembro, com o lançamento de "PP, El Verdadero", um jornal popular que, nas palavras do presidente Rafael Correa, visa "contrariar os poderes fáticos disfarçados de meios de comunicação" no país, informaram a AFP e a agência Andes.
A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA) fez 13 observações sobre o projeto de Lei de Comunicação no Equador, que está sendo avaliado pela Assembleia Nacional, informou o jornal Hoy. Na semana passada, a Human Rights Watch também se pronunciou sobre a necessidade de alterar algumas disposições da lei.
A gigante americana de petróleo Chevron ofereceu à jornalista americana Mary Cuddehe US$ 20 mil para espionar a acusação em um dos maiores processos ambientais da história do Equador, revelou a jornalista em primeira mão ao Atlantic. Embora precisasse do dinheiro, ela rejeitou a oferta por motivos éticos.
Em um novo capítulo das tensas relações entre o governo e a imprensa privada no Equador, o presidente Rafael Correa se declarou "contentíssimo" com a campanha contra os meios de comunicação difundida pelo governo em emissoras de TV durante a Copa do Mundo, informou o jornal La Hora. A campanha acusa os meios de comunicação de "distorcerem a verdade" e criarem "uma ditadura".
O projeto da Lei de Comunicação no Equador entrou, pelo menos em teoria, em sua reta final. Mas o governo e a oposição seguem medindo forças para definir o futuro do projeto, relata El Comercio.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) publicou uma nota em repúdio a "uma agressiva campanha de anúncios de televisão" do governo de Rafael Correa contra os meios de comunicação independentes. Segundo a SIP, os anúncios, transmitidos durante as partidas da Copa do Mundo, acusam veículos impressos, emissoras de rádio e televisão de "distorcer a verdade" e promover a criação de "uma ditadura de certos meios de comunicação".
Depois de passar três meses na prisão, condenado por injúria, o jornalista equatoriano Fredi Aponte foi processado novamente pelo ex-prefeito da cidade de Loja, José Bolívar Castillo, desta vez por "insolvência fraudulenta", segundo El Universo.
O polêmico projeto de Lei das Comunicações no Equador teve os seguintes desdobramentos em sua tramitação:
Um processo penal contra o editor de opinião do jornal El Universo, Emilio Palacio, terminou subitamente depois que um funcionário público de alto escalão desistiu da denúncia feita contra ele por injúria, afirmaram o jornal El Comercio e a agência EFE.
A lei de transparência e acesso a informações públicas do Equador completa seis anos esta semana. Para diversas organizações da sociedade civil, sua aplicação deixa muito a desejar, aponta a BBC Mundo.