A organização defensora da liberdade de expressão em Honduras, C-Libre, denunciou que um escritório regional do Comissário Nacional para os Direitos Humanos (CONADEH) restringe o trabalho da imprensa ao impedir os profissionais de fotografar, filmar ou entrevistar imigrantes detidos em um Centro para Migrantes na cidade de Choluteca, ao sul do país.
A jornalista independente e ativista dos direitos humanos Itsmania Pineda Platero, de Honduras, denunciou estar recebendo constantes ameaças de morte por telefone, segundo a Repórteres Sem Fronteiras.
As festas de fim de ano não significaram uma trégua nos ataques à imprensa hondurenha. A organização Comitê pela Liberdade de Expressão em Honduras (C-Libre, em espanhol) denunciou que membros da Polícia Nacional ameaçaram de morte um cinegrafista e intimidaram um correspondente de televisão em dois episódios separados durante os últimos dias de 2011. Como resultado, a organização espanhola Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura (ACAT em espanhol) enviou uma carta ao presidente hondurenho Porfirio Lobo exigindo medidas eficazes para deter a agressão contra jornalistas em Honduras, informo
Na terça-feira, 13 de dezembro, militares reprimiram com gás lacrimogêneo um protesto contra os assassinatos de jornalistas em Honduras, de acordo com a Associated Press.
A jornalista hondurenha Luz Marina Paz Villalobos foi assassinada a tiros nesta terça-feira, 6 de dezembro, em Tegucigalpa, capital do país, informou o jornal La Tribuna.
O prédio do jornal La Tribuna, de Honduras, foi atacado a tiros na madrugada da segunda-feira 5 de dezembro, segundo a C-Libre. Um segurança ficou ferido, acrescentou o Prensa Libre. O estado de saúde dele é estável.
Os jornalistas hondurenhos Arnulfo Aguilar e Luis Gadalmez voltaram a receber ameaças de morte, apesar das medidas cautelares concedidas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, segundo a agência EFE.
Repórteres de Honduras que cobrem polícia e Justiça denunciaram perseguições e ameaças por parte de membros da Polícia Nacional, por conta de sua investigações jornalísticas sobre o assassinato de dois estudantes da Universidad Nacional de Honduras, de acordo com a IFEX e a C-Libre.
Desde o Golpe de Estado de junho de 2009, 16 jornalistas foram assassinados em Honduras - e nenhum dos crimes foi solucionado. Em um relatório de 2010, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas afirmou que os “assassinatos [de profissionais de imprensa] ocorreram num clima de violência e ilegalidade”. As nuances políticas dessa violência geram preocupação com a impunidade e a liberdade de expressão no país, governado por Porfirio Lobo.
A 67ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) em Lima, no Peru, terminou com uma série de resoluções e conclusões que destacaram o fato de que "as tentativas de silenciar a imprensa independente" na América Latina continuaram a aumentar em 2011, evidenciado pelo desenfreado número de casos de "violência física, assassinatos de jornalistas e impunidade desses crimes, processos judiciais, prisões arbitrárias, ataques verbais, manipulação da publicidade oficial e leis ou iniciativas de lei restritivas."