No dia 4 de novembro, o governo de Honduras enfrentará em Genebra, na Suíça, a Revisão Periódica Universal, uma avaliação do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Por conta disso, 32 organizações de imprensa participantes da rede International Freedom of Expression eXchange (IFEX) manifestaram preocupação com a situação da liberdade de expressão no país.
A jornalista Katherine Izaguirre, da cadeia hondurenha Globo TV, denunciou que foi sequestrada por quase duas horas por vários indivíduos armados, que a ameaçaram e roubaram sua câmera, informou o jornal El Tiempo.
Uma operação policial na terça-feira, 21 de setembro, terminou na prisão de Marco Álvarez Barahona, principal suspeito de assassinar o jornalista David Meza Montesinos em março deste ano, informou o jornal La Tribuna. Segundo o jornal El Tiempo, outros dois suspeitos continuam foragidos.
Luis Galdámez, repórter da Rádio Globo e da TV Globo, foi atacado por três homens armados em frente à sua casa na capital Tegucigalpa, segundo o jornal La Tribuna. O jornalista usou a própria arma para se defender.
A decisão do Congresso de Honduras de atribuir a frequência do Canal 8 ao governo vem gerando diversas críticas. O dono da Teleunsa, que atualmente opera o sinal, acusou ao presidente Porfirio Lobo de organizar um golpe para tomar o canal, afirmaram La Prensa e a AFP.
Segundo o C-Libre/IFEX, ataques contra a Rádio Uno, localizada na cidade de San Pedro Sula, têm aumentado nos últimos três meses. Esta semana seu sinal de transmissão foi tirado do ar quando desconhecidos cortaram os cabos de energia dos transmissores.
A violência do narcotráfico contra a imprensa mexicana chegou a tal ponto que uma empresa está vendendo coletes à prova de balas no México para proteger os repórteres, informou o Clarín.
Israel Díaz Zelaya, proeminente jornalista de San Pedro Sula, foi encontrado morto na periferia da cidade com três ferimentos de bala, informou La Tribuna. Este é o décimo jornalista assassinado em Honduras este ano, disse a Radio Nederland.
Um novo relatório do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) acusa o governo de promover "um clima de ilegalidade" que já matou nove trabalhadores da imprensa este ano, sete destes em apenas dois meses.
De acordo com um relatório do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), a América Latina tornou-se a região mais perigosa do mundo para o exercício do jornalismo, superando a Ásia, o Oriente Médio e o Norte da África no número de assassinatos de jornalistas no primeiro semestre de 2010, informam a Europa Press e o site Periodista Digital.