Na segunda-feira, 23 de abril, com o fim da sua reunião de meio de ano, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) concluiu que as principais dificuldades enfrentadas pela imprensa nas Américas são "crimes contra jornalistas e governos arbitrários e intolerantes.”
Brasil, México e Colômbia -- três dos 12 países do mundo com cinco ou mais casos ainda não solucionados de assassinatos de jornalistas -- de novo se encontram no Índice Anual de Impunidade do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Um promotor que investigava o assassinato do jornalista peruano Pedro Flores Silva, no ano passado, foi morto a tiros no dia 16 de abril, informou o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS, na sigla em espanhol).
Na tarde do último sábado, 14 de abril, um policial militar que investigava a execução de um jornalista foi assassinado com 14 tiros por dois homens a bordo de uma motocicleta estrangeira em Ponta Porã, cidade do Mato Grosso do Sul.
Um editorial publicado no jornal El Diario, de Ciudad Juárez, denuncia que as autoridades mexicanas deixaram impune o assassinato de um de seus jornalistas, cometido em 2008.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) considerou que a República Dominicana violou os direitos humanos do jornalista Narciso González Medina, desaparecido desde maio de 1994, informou a EFE.
Sete anos após o desaparecimento do repórter Alfredo Jiménez Mota, do jornal El Imparcial, seus familiares e os diretores da publicação pediram às autoridades mexicanas voltem a investigar o caso.
Jornalistas brasileiros e organizações internacionais de jornalismo estão alarmados com a decisão do Brasil, juntamente com Cuba, Venezuela, Índia e Paquistão, de bloquear uma proposta das Nações Unidas que promoveria a segurança de jornalistas.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), iniciou um processo contra o Brasil por não investigar as circunstâncias da morte do jornalista Vladimir Herzog.
Um carro-bomba explodiu em frente à sede de um jornal mexicano, no dia 19 de março, em Ciudad Victoria, capital do estado de Tamaulipas, informou a BBC. Com esse, chegou a 25 o número de ataques com armas ou explosivos a instalações de meios de comunicação no México nos últimos três anos - sem que nenhum deles tenha sido investigado pelas autoridades, segundo relatório da organização Artigo 19.