Este é o segundo caso do Programa Tim Lopes de Proteção a Jornalistas desde o lançamento da iniciativa em setembro de 2017 pela Abraji com o objetivo de investigar assassinatos, tentativas de assassinato e sequestros de profissionais da imprensa e dar continuidade às reportagens interrompidas pelos autores dos crimes.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) considerou o Estado colombiano como responsável pelo homicídio do jornalista Nelson Carvajal Carvajal em 1998 e por não garantir o direito da vítima à liberdade de expressão.
A Procuradoria Especial para a Atenção aos Crimes Contra a Liberdade de Expressão (Feadle) do México, com o apoio da Polícia Federal, cumpriu em 6 de junho uma ordem de apreensão contra Juan Francisco “N”, “por sua provável participação no homicídio do jornalista Javier Valdez Cárdenas, ocorrido em 15 de maio de 2017”.
Os nomes de dois jornalistas do México e uma da Colômbia serão adicionados ao Memorial para Jornalistas no Newseum, em Washington, D.C.
Autoridades mexicanas prenderam Arturo Quintana, conhecido como “El 80”, suposto líder do narcotráfico no Estado de Chihuahua suspeito de ter ordenado o assassinato da jornalista Miroslava Breach em março de 2017, segundo o El País.
O clamor por justiça para os jornalistas do México não vai cessar, apesar dos anos de violência e impunidade que assolam a profissão no país latino-americano. Para marcar o aniversário de um ano do assassinato do repórter Javier Valdez, em Sinaloa, colegas e amigos realizaram um Dia Nacional de Protesto nas mídias sociais e pessoalmente, pedindo que os assassinos sejam levados à Justiça e o fim da violência contra os jornalistas que expõem coisas que muitos prefeririam que fossem mantidas em segredo.
Um juiz colombiano sentenciou Yean Arlex Buenaventura a 58 anos e 3 meses de prisão pelos assassinatos do jornalista Luis Peralta Cuellar e de sua esposa, Sofía Quintero, ocorridos em 2015. De acordo com a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP), que representou as vítimas na corte, esta foi a maior sentença já proferida no país para um crime contra a liberdade de expressão.
Dois homens foram detidos após tentar incendiar a casa da família de Gregorio Jiménez de la Cruz, jornalista mexicano assassinado em Veracruz em 2014.
Após o assassinato do jornalista mexicano Edgar Esqueda em San Luis Potosí, no México, em outubro, um vídeo registrado por um celular e enviado a um ex-policial se espalhou pela internet. O vídeo mostrava Esqueda, amarrado e de joelhos, dizendo nomes de repórteres que cobrem crimes em jornais de todo o Estado. Em resposta, o governador de San Luis Potosí, Juan Manuel Carreras, ordenou medidas de proteção imediata - uma viatura policial para cada repórter nomeado no vídeo.
A Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP) da Colômbia repudiou as ameaças contra jornalistas Jineth Bedoya Lima e Salud Hernández Mora, além de líderes políticos e sociais, supostamente feitas por um bloco do grupo armado ilegal Águilas Negras por meio de um panfleto. A organização também exigiu que as autoridades garantam proteção para que os jornalistas possam continuar com seu trabalho.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou no dia 29 de novembro o recurso em segunda instância do fotógrafo brasileiro Sérgio Silva, que pedia indenização ao Estado por ter perdido o olho esquerdo ao ser atingido por uma bala de borracha enquanto cobria um protesto em São Paulo em 13 de junho de 2013.
Quase quatro anos depois que a Assembléia Geral da ONU declarou o 2 de novembro como o Dia Internacional para acabar com a Impunidade dos Crimes Contra os Jornalistas (IDEI, na sigla em inglês), a data se tornou uma época em que profissionais da mídia e grupos de liberdade de expressão na América Latina e no resto do mundo chamam a atenção para os níveis de violência e impunidade que afetam seus colegas.