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Nomes de jornalistas assassinados no México e na Colômbia adicionados a memorial nos EUA dedicado à liberdade de imprensa

Os nomes de dois jornalistas do México e uma da Colômbia serão adicionados ao Memorial para Jornalistas no Newseum, em Washington, D.C.

Miroslava Breach (Facebook)

Miroslava Breach (Facebook)

O Newseum - um museu interativo comprometido com a liberdade de imprensa e com a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que versa sobre a liberdade de expressão - re-dedica o memorial a cada ano “em reconhecimento aos perigos da profissão de jornalista e daqueles que morreram em busca de notícias e informações”.

A cerimônia de rededicação será transmitida ao vivo pelo site do Newseum no dia 4 de junho às 10h (hora local, 11h em Brasília).

Os jornalistas mexicanos Miroslava Breach Velducea e Javier Valdez Cárdenas serão adicionados ao memorial neste ano.

Javier Valdez (Facebook)

Javier Valdez (Facebook)

Breach foi assassinada em 23 de março de 2017 por atiradores que dispararam várias vezes contra seu carro enquanto ela saía de casa. Seu filho, que também estava no carro, não foi ferido fisicamente. Ela era uma correspondente que cobria política e segurança para La Jornada em Chihuahua e El Diario de Chihuahua, e atuou como diretora editorial do Norte em Ciudad Juárez.

Valdez, jornalista premiado e co-fundador do semanário Ríodoce, foi assassinado em 15 de maio de 2017 em Sinaloa. Ele foi forçado a sair de seu veículo e morto a apenas alguns quarteirões de seu escritório. Ele era um repórter investigativo que cobria o tráfico de drogas na região e era mentor de muitos jornalistas locais e correspondentes estrangeiros que visitavam a área.

A comunicadora colombiana María Efigenia Vásquez Astudillo foi morta em 8 de outubro de 2017 em meio a um confronto entre membros do Pueblo Kokonuko e agentes do Esquadrão Anti-Motim Móvel (Esmad) da Polícia Nacional no departamento de Cauca. Ela era colaboradora da rádio indígena Renacer Kokonuko 90.7 FM.

Efigenia Vásquez Astudillo (Facebook)

Efigenia Vásquez Astudillo (Facebook)

Os nomes de 18 jornalistas, de países como Síria, Iraque, Rússia e Sudão do Sul, serão adicionados ao memorial como uma representação de todos os jornalistas que morreram em 2017.

O memorial tem dois andares e possui 2.305 nomes de repórteres, editores, fotógrafos e apresentadores. Há também uma galeria com fotos de alguns dos jornalistas e quiosques onde visitantes do museu podem ver informações sobre qualquer jornalista no memorial. Você pode pesquisar o banco de dados online aqui.

E pelo quarto ano, as capas de jornais de todo o país que são tradicionalmente exibidas do lado de fora do Newseum ao longo da avenida Pennsylvania serão pretas e só levarão as palavras #WithoutNews (Sem notícias). Esta campanha visa chamar a atenção para as ameaças enfrentadas pelos profissionais de imprensa em todo o mundo.

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