Jornalistas e defensores da liberdade de expressão em todo o mundo comemoraram, neste 3 de maio, o Dia Mundial da Liberdade de Expressão.
Meios de comunicação e organizações de defesa da liberdade de expressão de todo o mundo se uniram para celebrar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado no dia 3 de maio desde que foi proclamado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993.
O caso do jornalista peruano Fernando Valencia, condenado dia 18 de abril a 20 meses de prisão por difamação agravada, será levado à relatoria especial para liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), informou o jornal La República. O advogado Carlos Rivera Paz, que faz a defesa do jornalista, também disse que informaria a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) sobre o caso, acrescentou o jornal.
A maioria dos países da América Latina e do Caribe tiveram uma diminuição na liberdade de imprensa no biênio 2014-2015, de acordo com números divulgados recentemente pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
A reunião semestral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), ocorrida entre 8 e 11 de abril em Punta Cana, na República Dominicana, concluiu as discussões renovando seu apoio à liberdade de imprensa e condenando as persistentes violências sofridas por jornalistas no continente.
Documentos obtidos por ordem judicial indicam que a JBS e uma empresa contratada por ela em 2015 patrocinaram campanha difamatória contra o jornalista e fundador da ONG Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (8).
O diretor do Complexo Editorial Alfredo Maneiro (CEAM), empresa estatal venezuelana responsável pela venda de papel de jornal no país, foi processado pelos litigantes que consideram discriminatória a venda de papel que levou o jornal El Carabobeño a paralisar sua edição impressa, informou a ONG Espaço Público.
O radialista Jair Pereira Teixeira, de 46 anos, sobreviveu a uma tentativa de assassinato que, segundo a polícia, teria sido motivada por suas denúncias de atividades ilegais na rádio em que trabalha. O radialista foi atingido por três tiros no dia 27 de março em Forquilha, interior do Ceará.
Autoridades colombianas estão novamente investigando ameaças contra jornalistas e líderes comunitários feitas por meio de panfletos distribuídos e assinados com o nome de um grupo criminoso.
O jornalista independente e ativista Lazaro Yuri Valle Roca foi mantido incomunicável durante cinco dias após ser detido horas antes da chegada do presidente dos EUA, Barack Obama, a Cuba no domingo, 20 de março. O cubano se dirigia para a igreja de Santa Rita, como de costume, para cobrir a marcha de todos os domingos da organização Damas de Branco em Havana, de acordo com o portal de notícias Martí News.
Ao menos 27 jornalistas e outros trabalhadores da imprensa foram assassinados no continente americano por razões que poderiam estar relacionadas com seu trabalho durante 2015. Assim registrou a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos em seu Relatório Anual 2015, divulgado no dia 23 de março.
Em 2015, o México viveu um ataque contra jornalistas a cada 22 horas, fazendo com que fosse ano o mais violento para a imprensa do país desde 2009, segundo um relatório anual da organização pró-liberdade de expressão Artigo 19 México. Essa violência, juntamente com a impunidade generalizada subsequente, um estado que não oferece respostas, uma democracia fraca e agências de proteção de difícil acesso criaram uma cultura de medo entre os jornalistas do país, disse o relatório.