As denúncias de casos de agressão contra jornalistas no México chegaram a 225, entre janeiro e setembro deste ano. Dentre estes casos, dois profissionais morreram. Outros 33 deixaram o país sob ameaça. Além da violência do crime organizado, cujo principal braço é o narcotráfico que assumiu o controle de regiões inteiras do país, existe uma grave situação de censura institucional no país.
Foram abertas 150 investigações preliminares focadas em ataques contra jornalistas, nos primeiros nove meses do ano, pelo Procurador Especial de Atenção a Crimes Cometidos para a Liberdade de Expressão (FEADLE) do Gabinete do Procurador-Geral da República (PGR), no México, vice-diretor da instituição, Alberto Peralta Flores, segundo publicou o site da revista mexicana Proceso.
México, El Salvador e Antígua obtiveram uma classificação superior ao Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália em um ranking mundial de leis de direito à informação, de acordo com as avaliações anuais elaboradas pela Access Info Europe (AIE) e pelo Centre for Law and Democracy localizado em Halifax (CLD).
Pelo menos 15 jornalistas foram agredidos por manifestantes e agentes policiais ontem na Cidade do México, durante a cobertura do 45 º aniversário do massacre de estudantes em 1968. A organização Repórteres Sem Fronteiras ( RSF) condenou a violência contra a imprensa .
O jornal mexicano Reforma informou na passada quinta-feira que um distribuidor do jornal El Norte, que pertence à mesma publicação, foi agredido fisicamente e ameaçado por homens armados na madrugada do dia 1 de outubro, na área metropolitana de Monterrey, a norte do estado de Nuevo Leon.
Como parte de sua campanha Impunidade Mata a organização mexicana Artigo 19 lançou um novo documentário e iniciou uma nova coleta de assinaturas a pedir às autoridades do país para cumprirem seus deveres de proteção e investigação de crimes contra jornalistas.
Três anos após a morte de Luis Carlos Santiago Orozco, um fotojornalista mexicano de 21 anos de idade que trabalhava para o jornal El Diario de Ciudad Juárez, no norte do estado de Chihuahua, o assassinato permanece impune.
Quatro fotojornalistas mexicanos relataram que sofreram abusos policiais enquanto cobriam as manifestações de professores em 14 de setembro, no estado de Veracruz (região leste), disse a organização Repórteres Sem Fronteiras . De acordo com o Ministério da Segurança Pública, os fotojornalistas foram violentamente agredidos e tiveram seus equipamentos tomados, RSF acrescentou.
Um homem envolvido na tentativa de assassinar o fundador e ex-editor da revista mexicana Zeta em 1997 foi absolvido das acusações na quinta-feira, 5 de setembro.
Repórteres Sem Fronteiras condenou a prisão de quatro jornalistas independentes mexicanos no domingo, 1º de setembro, enquanto cobriam uma manifestação na capital do país contra a reforma educativa proposta pelo presidente Enrique Peña Nieto.
Dois jornais impressos no México criaram seus próprios canais de televisão a cabo para competir com a limitada oferta de informação do duopólio da televisão aberta no país. A partir de 2 de setembro, Excélsior inciará a transmissão de um canal de notícias 24 horas usando a marca e os jornalistas do jornal nacional mais antigo do México.
Apesar das dificuldades na obtenção de registros públicos e de informações tanto do governo norte-americano quanto do mexicano, repórteres da unidade investigativa da Univisión conseguiram descobrir diversos detalhes sobre o polêmico escândalo de contrabando de armas conhecido como Operação Velozes e Furiosos.