A Notimex já foi uma referência de meio público na região, mas vinha definhando desde 2019, mergulhada em um caos administrativo e trabalhista que inclui graves acusações de assédio contra jornalistas, supostamente perpetrados pela diretora Sanjuana Martínez. A LJR ouviu especialistas sobre os significados e o impacto do fim da agência, anunciado pelo presidente López Obrador em abril.
O painel de café da manhã de pesquisa de 15 de abril no ISOJ, presidido pela professora Cindy Royal (Universidade Estadual do Texas), explorou pesquisas sobre startups de jornalismo canadenses, redes e coletivos de jornalismo mexicanos, como os jornalistas podem enfrentar os desafios do momento atual e como os jornalistas podem envolver o público para reconstruir uma relação de confiança.
No painel "Como investigar a corrupção no norte do México", parte do festival "Contra el Olvido" (“Contra o esquecimento”), no estado de Tamaulipas, as jornalistas Melva Frutos, Ana Victoria Félix, Priscila Cárdenas e Shalma Castillo contaram como enfrentam ameaças, falta de recursos e indiferença da sociedade em seu esforço por fazer reportagens investigativas sobre insegurança e corrupção.
A LatAm Journalism Review (LJR) compila os projetos de dados apresentados no Open Data Day deste ano, realizado pela organização mexicana Social Tic. Também conversa com alguns dos criadores destas iniciativas sobre o benefício jornalístico dos dados abertos.
Responsáveis pela investigação "Exército Espião" não descartam recorrer a instâncias internacionais atrás de justiça para vítimas do spyware Pegasus no México, após revelarem que a espionagem de jornalistas e ativistas naquele país aconteceu a partir de um centro secreto de inteligência militar e com o conhecimento do secretário de Defesa.
Pelo menos seis jornalistas foram vítimas de roubo, intimidação e impedimentos para trabalhar por parte de membros do crime organizado durante a onda de violência desencadeada no dia 5 de janeiro na capital do estado de Sinaloa, após a prisão de Ovidio Guzmán, filho de “El Chapo”.
A criação de conteúdo jornalístico para empresas e a cobertura paga de eventos são alternativas pelas quais os meios de jornalismo investigativo Revista Espejo e Red Es Poder, localizados em estados com alta criminalidade no México, conseguem compensar a falta de publicidade resultante do medo das marcas de anunciar em meios de notícias que cobrem criminalidade e corrupção.
Uma investigação forense e jornalística encontrou evidências de espionagem com o spyware Pegasus contra o jornalista Ricardo Raphael e um colega do Animal Político pelo Exército mexicano, uma instituição que viu seu poder crescer consideravelmente durante o governo de López Obrador.
O jornalista Luis Horacio Nájera, que fugiu do México devido a ameaças do crime organizado, contou à LJR como, após 14 anos de exílio no Canadá, tem que trabalhar fazendo limpeza ao mesmo tempo em que enfrenta o desafio de escrever suas memórias.
O jornalista britânico Ioan Grillo, que será homenageado no Prêmio Maria Moors Cabot de 2022, conta como, através do jornalismo, tem sido capaz de dizer ao mundo o que está por trás da violência do tráfico de drogas no México, com três livros e centenas de reportagens publicadas na mídia internacional.
A morte de Fredid Román eleva para 15 o número de jornalistas assassinados no México em 2022. Enquanto organizações como ONU, CPJ e SIP condenam os crimes, o governo de López Obrador nega o clima de violência contra a imprensa e até se constitui como a principal origem das agressões, de acordo com um relatório da Artigo 19.
O que começou como uma briga entre grupos criminosos rivais terminou em ataques à população que resultaram na morte de quatro funcionários do grupo MegaRadio. Os assassinatos, considerados por organizações como uma forma de desestabilização social, fizeram com que a estação paralisasse temporariamente sua transmissão.