Pouco depois de um apresentador da Televisa ser encontrado morto no Norte do México, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou o desaparecimento de outro jornalista no Leste do país, onde, nos últimos quatro anos, a violência ligada ao narcotráfico disparou, informou o Terra.
Após o fechamento de duas rádios comunitárias mexicanas nas últimas duas semanas, a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC) pediu às autoridades do país que parem de criminalizar as emissoras comunitárias, informou a Púlsar, agência informativa da AMARC na América Latina e no Caribe.
O apresentador da rede de TV mexicana Televisa José Luis Cerda foi encontrado morto na cidade de Monterrey, no Norte do país. Ele havia sido sequestrado por homens armados no dia anterior. Nos últimos meses foram registrados vários ataques contra jornalistas e veículos de imprensa na região, informou o Terra.
Aproximadamente 50 veículos de imprensa fizeram um acordo sobre a cobertura do narcotráfico no México, cujo objetivo é evitar a publicação de imagens e histórias violentas, assim como garantir a segurança dos jornalistas expostos à crescente violência do crime organizado no país. Nos últimos quatro anos, mais de 34 mil pessoas morreram, informou a W Radio.
Em meio aos “apagões informativos” causados pela violência ligada ao narcotráfico na região da fronteira com os Estados Unidos, as redes sociais se transformaram em uma importante fonte de informação para os cidadãos, mas não substituem o jornalismo no México, afirma o veterano jornalista mexicano Jacinto Rodríguez, que já escreveu para os principais veículos do país.
Um grupo de organizações civis exigiu do governo mexicano mais proteção para jornalistas e ativistas de direitos humanos nas regiões Leste e Norte do país, onde se concentra a violência, informou o La Jornada.
Gabino Cué, governador do estado mexicano de Oaxaca, criou uma promotoria especial para investigar novamente a morte de 26 pessoas durante protestos contra o governo estadual em 2006, informaram o Milenio e a Associated Press. Entre as vítimas, está o jornalista americano Bradley Will.
Apenas dois dias após a divulgação de um relatório sobre a liberdade de expressão no México, que denunciou o crescimento do número de casos de agressões de policiais e militares contra jornalistas, um cinegrafista da rede Televisa foi detido e golpeado por agentes de segurança no estado de Coahuila, Norte do país, no dia 4 de março, informou a imprensa local.
O documentário “Presunção de Culpa”, sobre erros judiciais e corrupção no México, estaria sofrendo uma tentativa de censura, informou a imprensa local. Uma juíza proibiu temporariamente a exibição do filme ao acatar um pedido feito por uma testemunha de um julgamento que terminou com a injusta condenação por assassinato de Antonio Zúñiga, sentenciado a 20 anos de prisão, explicou a EFE.
Pelo menos 139 jornalistas e 21 veículos de imprensa mexicanos foram atacados por causa de sua atuação em 2010, ano em que a violência contra a mídia, não apenas a praticada por traficantes de drogas, cresceu, diz o relatório anual do Centro para o Jornalismo e a Ética Pública (CEPET, na sigla em espanhol).
O fotógrafo do jornal El Imparcial, do estado de Sonora, Julián Ortega foi agredido física e verbalmente por policiais enquanto cobria uma operação de busca por um comando armado na cidade de Hermosillo, Norte do México, informou o próprio diário.
Homens armados atiraram contra o veículo que transportava um correspondente da agência Associated Press e um assessor da Radio Fórmula, na cidade de Cuernavaca, conhecido destino turístico que se transformou num campo de batalha entre traficantes rivais, informaram o El Universal e a Radio Fórmula.