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Serviço de inteligência mexicano terá que divulgar informações sobre os mortos na guerra contra o narcotráfico no país

Em decisão inédita a favor da transparência sobre as consequências da violência ligada ao narcotráfico no México, o Instituto Federal de Acesso à Informação (IFAI) ordenou que o serviço de inteligência mexicano divulgue o número preciso de pessoas mortas durante confrontos entre criminosos e contra as forças de segurança do país, informou o El Universal.

O IFAI rejeitou uma decisão do Centro de Investigação e Segurança Nacional (CISEN), que havia negado um pedido de informação de uma pessoa por considerar que tais dados não eram de sua competência, explicou o La Crónica.

Segundo o IFAI, esse tipo de informação é da competência do CISEN e determinou que o centro divulgue os dados quando solicitado, acrescentou o Proceso.

A informação deve ser discriminada por mês e entidade e deverá, além disso, indicar se os mortos eram membros de facções criminosas, policiais federais, estaduais ou municipais, soldados ou marinheiros, mexicanos ou estrangeiros, detalhou a Radio Fórmula.

A violência ligada ao narcotráfico disparou desde de 2000. Apenas nos últimos quatro anos, 34 mil pessoas morreram. No entanto, muitas informações sobre os efeitos dessa violência não chegam ao conhecimento do público e são mantidas em segredo pelas autoridades.

Para mais informações sobre leis de acesso à informação na América Latina, veja o mapa do Centro Knight sobre o tema.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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