A violência do narcotráfico contra a imprensa mexicana chegou a tal ponto que uma empresa está vendendo coletes à prova de balas no México para proteger os repórteres, informou o Clarín.
Um carro-bomba explodiu na porta da rede de televisão mexicana Televisa na madrugada de sexta-feira, 27 de agosto, em Ciudad Victoria, capital do estado de Tamaulipas, informaram El Universal e a AFP. A explosão causou danos materiais e tirou o canal do ar. Ninguém ficou ferido. Outra bomba explodiu nas instalações do departamento de trânsito local, acrescentou a EFE.
Frank La Rue e Catalinta Botero, relatores das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos para a liberdade de expressão, revelaram as observações preliminares de sua visita conjunta ao México e alertaram que a situação no país é grave, informaram a BBC Mundo e El Universal.
O "Livro de Estilo para Ciberjornalistas" será lançado no México na sexta-feira, 27 de agosto, na Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Autônoma de Nuevo León, no norte do país, informou o Noticias Al Aire.
A polícia mexicana está investigando dois ataques com granadas às instalações da emissora Televisa, ocorridos nas cidades de Matamoros e Monterrey, no norte do país. O primeiro incidente aconteceu na noite de sábado, 14 de agosto, e não deixou feridos. O segundo, ocorrido na cidade de Monterrey na manhã deste domingo, 15 de agosto, feriu levemente dois funcionários e danificou veículos e edifícios, informaram a Agencia Reforma e La Crónica de Hoy.
Com a onda de violência e sequestros pressionando a imprensa convencional mexicana a permanecer calada, um blog anônimo de apenas seis meses tornou-se uma das principais fontes de notícias sobre a guerra contra as drogas no país, informou a Associated Press.
A Secretaria de Segurança Pública do México anunciou a captura, em Durango, de outros cinco supostos integrantes do cartel de Sinaloa que estariam envolvidos no sequestro de dois repórteres e dois câmeras no final de julho, informou o Milenio.
Dez dias após ter sido sequestrado no estado de Zacatecas, o jornalista Ulises González García foi libertado e encaminhado a um hospital privado, informou a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). O editor do semanário La Opinión apresentava sinais de tortura.
Diante dos ataques sistemáticos a jornalistas e meios de comunicação em algumas partes do México, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) propuseram a criação de uma nova categoria de risco para jornalistas trabalhando em zonas de conflito que não se enquadram na definição de "guerra" dos tratados internacionais, informou o diário La Jornada.
O texto seguinte é o testemunho de Marcela Turati, da Red de Periodistas de a Pie, uma das responsáveis pela organização do protesto inédito de jornalistas denunciando a violência de que são vítima no México.
Em uma reunião com proprietários e diretores de meios de comunicação, o presidente Felipe Calderón ofereceu apoio do governo para evitar ameaças aos jornalistas, e propôs cinco recomendações para fortalecer o trabalho da imprensa, informaram El Universal e La Jornada.
El Universal informa que a polícia mexicana anunciou a captura de três integrantes do comando que teria sequestrado vários jornalistas no norte do país semana passada.