O governo da Nicarágua impôs restrições à importação de papel do jornal Novo Diário (El Nuevo Diario), que denunciou ameaças sofridas por seus jornalistas por autoridades acusadas de corrupção no Ministério da Fazenda.
O Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh) anunciou que, nas próximas semanas, entregará à Comissão de Direitos Humanos (CIDH) um relatório sobre violações da liberdade de imprensa no país, informou a agência AFP. Dois jornais já denunciaram uma suposta “perseguição” por parte do governo do esquerdista Daniel Ortega nos últimos meses. Além disso, um canal de TV de oposição saiu do ar há poucos dias.
O jornal nicaragüense El Nuevo Diario denunciou que seus jornalistas têm recebido ameaças após a publicação de matérias sobre suposta corrupção no governo do esquerdista Daniel Ortega, informou a imprensa local. Os casos de corrupção e nepotismo estariam ligados ao Ministério da Fazenda e à Direção Geral da Receita, explicou o próprio jornal.
O jornal nicaragüense El Nuevo Diario denunciou que seus jornalistas têm recebido ameaças após a publicação de matérias sobre suposta corrupção no governo do esquerdista Daniel Ortega, informou a imprensa local. Os casos de corrupção e nepotismo estariam ligados ao Ministério da Fazenda e à Direção Geral da Receita, explicou o próprio jornal.
A jornalista Ana Luvy Urbina, correspondente dos canais 8 e 11, e cinco membros da Cruz Vermelha morreram quando a ambulância e o caminhão em que viajavam foram arrastados por uma enchente do rio Tecolostote, no Estado de Boaco, informou El Nuevo Diario.
Em meados de agosto, o jornal La Prensa demitiu 23 entregadores, mas o Ministério do Trabalho ordenou que eles fossem readmitidos. De acordo com o jornal, ferrenho opositor do governo de Daniel Ortega, a medida é parte de uma perseguição política "que visa restringir as liberdades de imprensa e de opinião".
A Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia anunciou os quatro vencedores da edição 2010 do Prêmio Maria Moors Cabot de Jornalismo, que escolhe os melhores trabalhos de cobertura da América Latina e do Caribe.
Quase 17 meses após o início dos protestos na Nicarágua, jornalistas independentes no país e defensores da imprensa em nível internacional estão reiterando seus pedidos para proteger os trabalhadores da mídia e a liberdade de expressão.
Entre 16 de dezembro do ano passado a 29 de fevereiro deste ano, foram documentados 61 casos de violência contra jornalistas. Ao todo, 53 jornalistas foram vítimas de violência, alguns mais de uma vez.
O jornal nicaraguense La Prensa informou que há uma negociação em curso para a liberação de toneladas de papel e de outros materiais, retidos pela aduana há mais de 500 dias, segundo uma nota do conselho diretor editorial.
Em meio ao declínio global da liberdade de expressão, a Nicarágua é um dos países que mais perdeu em liberdade de expressão, enquanto Cuba “lidera corrida regional para o abismo” nas Américas.
Falta de acesso à informação pública, pedidos de entrevistas negados por funcionários públicos, controle de materiais de impressão, assédio, repressão e violência fazem parte do cotidiano de jornalistas na Nicarágua. A situação, que jornalistas enfrentam há anos, começou a piorar após o início dos protestos contra o governo de Daniel Ortega, em abril de 2018. […]