Uma associação de jornais colombianos quer enviar papel imprensa à Venezuela para adiar o fechamento dos jornais do país, que sofrem escassez do recurso, informou em 18 de março o presidente do jornal venezuelano El Nacional, Miguel Henrique Otero, segundo o El Universal.
Funcionários do canal venezuelano Cadena Capriles protestaram contra a censura do trabalho investigativo da jornalista Laura Weffer sobre protestos que ocorrem há mais de um mês no país. Na segunda-feira (17 de março), um dia depois da matéria ter sido censurada, a chefe de investigação, Tamoa Calzadilla, pediu demissão.
Em 12 de fevereiro, os violentos protestos em Caracas resultaram na morte de três pessoas. Algumas testemunhas enviaram vídeos e fotografias dos eventos ao jornal Últimas Noticias, que rapidamente publicou o material online. A gravação mostra forças policiais uniformizadas e pessoas com roupas de civis disparando contra manifestantes, uma versão dos fatos bastante distinta da apresentada pelos meios estatais.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro inaugurou na terça-feira, 11 de março, o programa semanal de rádio “Em contato com Maduro”, de acordo com o jornal digital Infobae. Com seu novo programa, Maduro imita o ex-mandatario Hugo Chávez, cujo programa “Alô Presidente” transmitia suas políticas e atividades a cada domingo.
Jornalistas que cobrem protestos na Venezuela deveriam considerar utilizar coletes à prova de bala, disse Frank Smyth, assesor para a segurança de jornalistas do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), em uma nota de blog recente.
Já são 65 os casos de violações à liberdade de expressão na Venezuela entre 11 de fevereiro e 1º de março, segundo o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS). A organização publicou que desde que começaram os protestos em 12 de fevereiro, 69 jornalistas acabaram afetados pela situação. Entre as violações houve prisões agressivas e arbitrárias por agentes de segurança do Estado e ataques de manifestantes que simpatizam com o governo ou com a oposição.
Na última quinta-feira, os Estados Unidos publicaram o seu relatório anual sobre Direitos Humanos, onde foram criticadas ostensivamente as restrições à liberdade de imprensa e de expressão na Venezuela e no Equador. No meio do tenso clima vivido na Venezuela, o relatório enfatiza que o governo venezuelano "continua a tomar medidas que impedem a liberdade de expressão e restringem a de imprensa."
Um jornalista colombiano e seu companheiro de trabalho sofreram agressões da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela enquanto cobriam os protestos do dia 14 de fevereiro, informou o diário digital Infobae.
O governo de Nicolás Maduro continua reprimindo os veículos de notícias na Venezuela. Uma semana depois de cortar o sinal da emissora NTN24 enquanto transmitia ao vivo os protestos e de revogar a permissão de trabalho de jornalistas da CNN, o governo venezuelano, segundo confirmou o Twitter a BBC Mundo, está bloqueando as imagens publicadas no microblog no país. Logo depois de ter o sinal cortado, a NTN24 afirmou que sua conta de Twitter havia sido hackeada.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou o governo norte-americano de representar a Venezuela negativamente e de participar em um complô para derrubar o governo, publicou Bloomberg.