Em outro exemplo de "barriga" dos veículos de comunicação, a imprensa americana espalhou de forma prematura via Twitter a notícia falsa da morte do ex-treinador de futebol americano da Universidade Estadual da Pensilvânia Joe Paterno, evidenciando novamente que "as ferramentas das redes sociais não devem forçar as organizações de notícias a sacrificar seus padrões", informou o New York Times.
Com base em um e-mail não checado — e que se mostrou errado —, o site de notícias estudantis da Universidade Estadual da Pensilvânia Onward State publicou no Twitter neste sábado, 21 de janeiro, que Paterno estava morto. O treinador, que havia se demitido recentemente após um escândalo de abuso sexual infantil envolvendo seu ex-assistente técnico, só morreu, de fato, no domingo.
CBS News e Huffington Post corrigiram rapidamente a notícia, que estava circulando em grande velocidade pelas redes sociais, de acordo com Poynter, entidade que também divulgou por Twitter a falsa morte do treinador. Não passou muito tempo, no entanto, para que o New York Times e outros veículos começassem a avisar pelo microblog que o porta-voz da família havia desmentido os rumores e que Paterno continuava vivo. ProPublica oferece este relato em inglês de como o erro ocorreu.
Poynter criticou a CBS News e o Huffington Post por não verificar a informação ou dar o crédito ao Onward State quando a falsa notícia foi publicada pela primeira vez para depois "culpar o site estudantil quando o erro foi descoberto". Os dois veículos publicaram correções.
O chefe de redação do Onward State, Devon Edwards, publicou uma retratação e renunciou.
O Washington Post ressaltou que a falsa notícia recorda a gafe da emissora NPR há um ano, quando noticiou incorretamente a morte da deputada Gabrielle Giffords, que sobreviveu a um tiroteio no Arizona.
Como observou a CNN, "o incidente realça o embate crucial no atual ambiente hipercompetitivo das notícias: conseguir a informação rapidamente versus conseguir corretamente."
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