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Associação de Jornalistas presta homenagem a repórteres mexicanos assassinados

Em homenagem a quase 70 jornalistas mortos ou desaparecidos na guerra contra o narcotráfico no México, a Associação de Jornalistas Hispanos de San Antonio (SAAHJ) concedeu seu reconhecimento póstumo "Henry Guerra a la Trayectoria de Vida" aos colegas mexicanos que foram vítimas da violência. “É talvez a primeira vez que uma organização jornalística dos EUA homenageia repórteres, editores e fotógrafos que perderam as suas vidas cobrindo a guerra às drogas no México”, diz a organização em seu site.

Javier Garza, diretor editorial de El Siglo de Torreón, e Sandra Rodríguez, repórter do El Diario de Juárez receberam o reconhecimento em nome dos colegas mortos, em San Antonio na sexta-feira, 29 de julho, segundo El Siglo de Torreón.

De 2010 pra cá, 15 jornalistas foram assassinados no México. O número cresce para 30 desde que o presidente Felipe Calderón assumiu o poder, no final de 2006, de acordo com o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ). Mas a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) documenta 68 assassinatos de jornalistas no mesmo período.

“Nossa entidade está preocupada com o impacto da guerra não só a certos jornalistas e suas famílias, sino por lo que la guerra está haciendo a la libertad de expresión en México”, dijo Elaine Ayala, presidenta de la SAAHJ y reportera del diario San Antonio Express-News.

Os assassinatos têm aumentado devido à impunidade, diz Garza. "Eu raramente ouço que pegaram o assassino de um jornalista", diz ele. Por sua experiência, as autoridades não investigam os ataques contra a imprensa e, portanto, os criminosos acham que podem ficar impunes porque não há resposta exemplar nem castigo, segundo ele.

“Esta homenagem representa um gesto de solidariedade de nossos colegas que sabem de nossos problemas e ameaças à liberdade de expressão”, afirmou Garza em entrevista por telefone ao Centro Knight.

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