Em 2011, foram registrados 172 ataques contra a imprensa mexicana, entre eles nove assassinatos - contra 155 casos em 2010, segundo relatório da organização Artigo 19. O documento, intitulado Silêncio Forçado, o Estado cúmplice da violência contra a imprensa, destaca que mais da metade dos ataques foi cometidas por servidores públicos, segundo o revista Proceso.
"Se tenta contratar um seguro de vida, no momento que diz ser jornalista, é recusado", diz um jornalista mexicano no documentário apresentado junto com o relatório.
Segundo a organização, os dados apresentados pela Comissão Nacional de Direitos Humanos têm pouca credibilidade pela falta de critérios e porque nem todos os casos são acompanhados. A Artigo 19 também considera que, até agora, a resposta do governo mexicano tem sido "um discurso sem resultado", pois a criação da Promotoria Especial de Atenção a Delitos Cometidos contra a Liberdade de Expressão levou a apenas uma condenação, em seis anos de existência, além de não exercer sua prerrogativa de forma completa.
A organização sediada em Londres pediu ao governo mexicano que estabeleça um Mecanismo de Proteção para Jornalistas e que exerça sua prerrogativa na concessão de medidas cautelares para jornalistas ameaçados. A seguir, um vídeo apresentado junto com o relatório.
