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Governo venezuelano pede cuidado à imprensa após morte de Chávez; mais jornalistas são agredidos no país Por Isabela Fraga

Por Isabela Fraga

Pelo menos outras duas equipes de jornalistas tiveram seus trabalhos impedidos na Venezuela enquanto cobriam eventos relacionados à morte de Chávez, na última semana. Na quinta-feira, 7 de fevereiro, o correspondente da emissora América Noticias Luis Alfonso Fernández e o cinegrafista do canal Alberto Porras foram intimidados e ameaçados por pessoas identificadas como simpatizantes do governo, informou o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS) da Venezuela. Como mostra o vídeo do incidente, o repórter e o cinegrafista gravavam imagens perto da Academia Militar da Venezuela, onde estava sendo realizada uma homenagem a Chávez, quando um grupo de manifestantes rodeou o jornalista, gritando e interrompendo a gravação com ameaças. Em outro caso, membros do partido União Popular Venezuelana (UPV) que protestavam em frente à sede da Globovisión (que mantém uma relação bastante conflituosa com o governo) ameaçaram com armas de fogo e intimidaram uma equipe de reportagem que chegava à emissora naquele momento, informou o Ifex. Preocupado com atos de violência após a morte do presidente do país, o ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, afirmou que o governo pediu aos veículos privados "muita consciência e e muita responsabilidade", noticiou a EFE. "Não permitam que os que queiram ver a Venezuela intervinda provoquem situações de violência, provoquem situações que fragmentem a união nacional e que ponham em jogo a independência nacional", completou o ministro.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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