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Nova promotoria para crimes contra a liberdade de expressão no México investigará assassinato de "El Choco"

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  • 15 agosto, 2013

Por Alejandro Martínez

O assassinato do jornalista mexicano Armando “El Choco” Rodríguez, cometido em 2008, será o primeiro caso de homicídio a ser absorvido pela recém-criada Promotoria Especial de Atenção a Crimes Cometidos contra a Liberdade de Expressão do governo federal mexicano, noticiou El Diario de Juárez.

A titular da nova área Laura Angelina Borbolla Moreno, que participou esta semana em um workshop em Ciudad Juárez (na fronteira com EUA) sobre a prevenção de crimes contra a liberdade de expressão, assegurou que já recebeu a pasta de investigação da Promotoria Geral do Estado de Chihuahua (FGE) e só aguarda o fim do trâmite administrativo da entrega.

Rodríguez, um repórter policial do jornal El Diario de Juárez foi assassinado em seu carro no dia 13 de novembro de 2008 em frente de sua filha quando a levava para a escola. Apesar de ter gerado indignação nacional, o caso permaneceu sem avanços na FGE por mais de quatro anos.

Uma reforma do Código Federal de Procedimentos Penais aprovada em 2012, e a publicação em maio deste ano de outras leis que explicam sua implementação, estabeleceram a criação da nova promotoria. A área, parte da Procuradoria Geral de Justiça, tem a prerrogativa de investigar casos de crimes contra jornalistas – que usualmente são classificados como crimes de foro comum e caem dentro da jurisdição das autoridades estaduais – e torná-los de âmbito federal.

A promotoria está sendo observada cuidadosamente por organizações jornalísticas dentro e fora do país. Na semana passada, o Comitê para Proteção de Jornalistas publicou uma reportagem sobre a hesitação da nova agência em conduzir os casos de assassinatos de jornalistas que foram cometidos desde a sua criação, em maio.

Segundo El Diario, a promotoria estudou 29 casos de crimes contra jornalistas e assumiu cinco investigações relacionadas com abusos de autoridade e agressões nos estados de Veracruz, Puebla, Distrito Federal, Oaxaca e Tabasco.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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